
Popularmente conhecida como bronquite asmática, bronquite alérgica ou simplesmente bronquite, a asma é uma doença respiratória crônica que afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, independente de grupo étnico, nível socioeconômico ou idade. Neste ano, o dia 1º de maio é o Dia Mundial da Asma, oportunidade em que especialistas divulgam informações importantes para o tratamento da doença.
O presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul (SPTRS), Marcelo Tadday Rodrigues, diz que a asma se caracteriza por episódios repetidos de falta de ar, chiado, sensação de aperto no peito e tosse, que são mais comuns durante a noite e nas primeiras horas da manhã.
"A asma varia muito de pessoa para pessoa e num mesmo indivíduo. Tem épocas que pode ser muito leve, e os sintomas desaparecerem, e tem momentos em que pode piorar muito, necessitando de atendimentos de emergência e até mesmo internação", explica o pneumologista.
Segundo Tadday, estima-se que a doença atinja em torno de 10% da população no Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas. Em crianças nas faixas etárias de 6 a 7 anos e 13 a 14 anos, estudos realizados em cidades brasileiras encontraram uma prevalência de 13,3%. Conforme o banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a asma provoca em torno de 300 mil hospitalizações por ano, sendo a terceira causa de internação hospitalar pelo SUS.
Tratamento e controle
O presidente da SPTRS destaca que a asma não tem cura, estando presente no paciente mesmo quando nã o há manifestação de sintoma. "Mas ela pode ser efetivamente tratada. Estudos mostram que, com tratamento adequado, praticamente todos os pacientes com asma podem ter uma vida normal, evitando crises, visitas a emergências e hospitalizações", acrescenta.
O especialista explica que o controle da asma significa que o paciente não apresenta sintomas ou tem sintomas mínimos, não precisa de medicação de alívio ou faz muito pouco uso dela, é capaz de fazer exercícios normalmente, tem função pulmonar normal e não apresenta crises.
"Para alcan&cce dil;ar esse controle, é necessário o acesso a medicações efetivas, assim como informação para entender como usar as medicações, como evitar fatores desencadeadores dos sintomas e o que fazer caso os sintomas piorem", destaca. "A maioria das pessoas necessita de medicação de controle, como os corticoides inalatórios, e de alívio, como os broncodilatadores de ação rápida".
Segundo Tadday, o melhor tratamento para asma é feito pela via inalatória, ou seja, o paciente respira o medicamento, que vai agir diretamente no pulmão. Estão incluídos aí os inaladores de pó seco, as cápsulas inalatórias e os sprays, popularmente conhe cidos como "bombinhas". "É muito importante saber que as bombinhas não viciam, não atacam o coração e não matam, como muitas pessoas pensam", observa.