Felipe Yamaguchi e Gabriel Boal
Diante do stress e da correria do dia a dia que acomete a população, as consequências são mais que previsíveis e estão relacionadas com a má alimentação, insônia, alterações emocionais, entre outras. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe), estes fatores levam a uma das queixas mais comuns do homem: a dor de cabeça.
A enxaqueca é uma entre os 150 tipos diferentes de cefaléia. Segundo o osteopata Gabriel Boal, alterações como náuseas, vômitos, aversão a barulhos, claridade e cheiros são os principais sintomas que indicam que o paciente sofre com a patologia.
Um estudo realizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostrou que poucos são os casos de enxaqueca que são diagnosticados por um profissional. Desses, cerca de 40% estão associados à enxaqueca e tensões e 10% ocorrem por uso excessivo de remédios. O estudo mostra que metade das pessoas com dor de cabeça buscou a automedicação e apenas 10% procuraram por tratamento.
E este é o caso de Ana Paula Marangoni, que era dependente dos remédios. “Eu sofria com fortes dores de cabeça, fiz tratamento com medicamentos controlados, mas não estava satisfeita em ser dependente de medicamentos. Foi, então, que surgiu a escolha pelo tratamento com a Osteopatia. Com quase três meses de tratamento, são raras às vezes em que me sinto mal”, confessa.
Para o Dr. Boal, o motivo da dependência de medicamentos, é simples. “Esse tipo de conduta, muito comum nos indivíduos que sofrem de cefaléias constantes, faz com que haja apenas uma melhora momentânea do quadro seguido de uma piora ou volta da dor”. Ele explica que isso acontece porque alterações hepáticas, do ponto de vista osteopático, podem influenciar as dores de cabeça, já que o fígado é o órgão que vai metabolizar os remédios. “Por isso, se existem cefaléias que são advindas destas alterações, os remédios ingeridos fazem o fígado trabalhar mais, gerando um ciclo vicioso”, alerta o profissional.
Para reverter essa situação, é preciso procurar pelo tratamento adequado, como aponta o fisioterapeuta e osteopata Felipe Yamaguchi. “Através de uma avaliação detalhada do paciente, nós conseguimos detectar a causa da enxaqueca. Em seguida, a osteopatia, que é baseada em técnicas manuais e orientações, irá tratar o paciente com uma equipe multi-profissional”.
Desta forma, Felipe ressalta que a cura é uma questão de tempo. “A duração do tratamento, portanto, vai depender de cada caso e do quão colaborativo será o paciente com o tratamento. Em média, necessitamos de cinco atendimentos para que haja uma resposta satisfatória ou melhora total da cefaléia”, finaliza.