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Uso de vitaminas está liberado se houver deficiência, explica médico
 
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21/10/2012

Uso de vitaminas está liberado se houver deficiência, explica médico

Colágeno não aparece em decisão, mas é contestado por dermatologistas

O consumo de vitaminas em cápsulas está liberado no país desde que elas não tenham função antienvelhecimento, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rubens de Fraga.

Na última sexta-feira (19), o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu terapias anti-idade com vitaminas, hormônios e antioxidantes, sob o risco de cassação do registro do profissional que fizer essa indicação. Em 2010, havia sido vetado o uso do anestésico procaína e de vitaminas antioxidantes em megadoses. Desta vez, foram incluídos os hormônios e as substâncias químicas EDTA e DHEA.

“Se houver deficiência no organismo, como no caso de uma mulher durante a menopausa, o médico deve sugerir a reposição hormonal. Mas superdoses para pessoas normais não têm evidências científicas de que funcionam”, explica.

Fraga diz que o CFM chegou a essa conclusão após uma extensa revisão de estudos científicos. Segundo ele, o Brasil é o único país do mundo a ter esse tipo de regulamentação.

Além de não “rejuvenescerem”, hormônios em excesso podem causar vários problemas de saúde. Altas doses de hormônio do crescimento (GH), por exemplo, podem causar diabetes, pressão alta e tumores.

Já a testosterona pode provocar o crescimento das mamas e infertilidade em homens, e queda de cabelo, voz grave, desregulação do ciclo menstrual e aumento de pelos em mulheres. Em ambos os sexos, pode dar problemas cardíacos, no fígado e nos rins, hipertensão, acne e agressividade.

“Se um homem tiver falta de testosterona, vai poder repor. Mas não há evidências de que essa terapia evite que ele envelheça nem existe uma medicina antienvelhecimento. Isso incide, inclusive, na ética médica”, afirma Fraga.

Colágeno

A paulista Luana Braga, de 23 anos, começou a tomar cápsulas de colágeno há seis meses para prevenir o envelhecimento, mas ainda não viu resultados. A substância é usada por muitas mulheres para melhorar a pele, os cabelos e as unhas, e não é citada especificamente na resolução do CFM.

Segundo Luana, a vontade surgiu após ela ter visto uma reportagem na TV sobre uma mulher de 50 anos com pele de 20. “Tomo um comprimido por dia, no café da manhã. Não fui ao médico, compro na farmácia mesmo”, diz a jovem, que reclama de rugas no canto dos olhos.

A mãe dela, de 43 anos, também está tomando colágeno e, segundo a filha, antes disso já parecia mais nova. “Também me cuido com protetor solar, faço academia e estou dentro do peso. Só não como muito bem”, afirma a moradora de Osasco, que tem 60 kg em 1,67 m.

A dermatologista Elisete Crocco, da Santa Casa de São Paulo, diz que o colágeno não previne o envelhecimento, mas pode ser um colaborador para mulheres acima dos 30 anos. Os resultados não são específicos para uma parte do corpo, porque o uso é oral e o corpo metaboliza o produto. Alguns resultados podem aparecem em três a quatro meses.

“O colágeno não é muito eficaz para o que se propõe. O que mais faz diferença na pele é induzir algum processo inflamatório, como laser e radiofrequência, pois aí a pele reage produzindo colágeno”, afirma Elisete.

De acordo com a médica, as cápsulas em geral são polivitamínicos, ou seja, não contêm apenas colágeno, mas também substâncias como pantenol, biotina e vitaminas A, B, C e D – o que pode potencializar a ação.

Alimentação é mais eficaz

Cápsulas que contêm outros compostos, como licopeno e selênio, também estão liberadas para reposição, desde que comprovada a necessidade, ressalta a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Segundo ela, o que realmente ajuda a melhorar a pele é manter uma boa alimentação. Isso porque a aparência de uma pessoa aos 40 anos será um reflexo do que ela comeu aos 20. Por isso, uma dieta rica em frutas e verduras na infância auxilia no combate aos radicais livres e às rugas no futuro. O ideal é consumir cinco porções de frutas, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 


Autor: Luna D'Alama
Fonte: G1 - Bem Estar

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