A higiene íntima requer cuidados. Um dos grandes aliados na hora desses procedimentos tem sido o uso de sabonetes íntimos, incentivados pelos médicos ginecologistas.
- São produtos apropriados para a higiene anogenital, pois são menos alérgicos e tem detergência suave. Assim, não retiram muito a gordura que protege a pele e mucosa e tem pH ácido, que mantém a flora vaginal adequada e em equilíbrio - explica a médica ginecologista, obstetra e associada a Sociedade de Ginecologia do Rio Grande do Sul, Aline Cesa Ferreira da Silva.
A variação de temperatura pode interferir na frequência diária da higienização. Alguns cuidados são importantes como: secar bem a genitália para não aumentar a população dos germes, hidratar a pele após a higienização e usar roupas naturais (não sintéticas). Além desses cuidados diários, há também o período menstrual da mulher, o qual aparece mais alguns detalhes para não se descuidar.
- No período menstrual a higiene deve ser feita com menor intervalo para aumentar a remoção dos resíduos que se acumulam pelo sangue. Deve ser evitado o uso de absorventes com película plástica externa, pois aumenta o risco de inflamação vulvar. O absorvente deve ser trocado periodicamente - afirmou a ginecologista.
A limpeza inadequada desequilibra a flora vaginal que também pode ser causa de vaginites ou reações alérgicas. O uso de roupas íntimas e lavagem adequada também auxiliam a manter a região saudável.
O tecido mais indicado para as roupas íntimas é o de origem não sintética, como o algodão, pois favorece a ventilação local; assim há o risco menor de proliferação dos micro-organismos. A lavagem da roupa íntima deve ser feita, preferencialmente, com sabão neutro para evitar a ocorrência de alergias, que deve ser enxaguada exaustivamente para a retirada de resíduos químicos.
Além disso a médica faz um outro alerta para as mulheres: o excesso de higiene é tão perigoso quanto à falta de higiene. Isso porque se for removida excessivamente a camada de gordura que protege a pele, pode haver o ressecamento da vulva, desencadeando coceira e irritação, com possibilidade de inflamação.
Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul
A Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs), em atividade há mais de 60 anos, tem como objetivo representar os especialistas nesta área médica, promover sua qualificação e constante atualização com os estudos deste campo de atuação. Para isso, promove, periodicamente, cursos na capital e no interior do Estado. Sua tradicional programação científica reúne profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente para palestras, debates, seminários, jornadas e conferências.