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Neurologistas alertam sobre riscos de AVC
 
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27/10/2012

Neurologistas alertam sobre riscos de AVC

Médicos do VITA falam sobre doença que atinge uma em cada seis pessoas

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame, é uma das doenças que mais provocam mortes no mundo. Por isso, com objetivo de engajar os profissionais de saúde e o público em geral na luta pela melhora das condições de tratamento e prevenção da doença, a Organização Mundial de AVC criou o Dia Mundial do AVC, lembrado em 29 de outubro. De acordo com os médicos do Hospital VITA, a data deve servir para alertar a população sobre os sintomas e riscos causados pelo AVC, já que a cada seis segundos, independentemente da idade ou sexo, alguém em algum lugar morre por causa de AVC. No Brasil, a doença é a primeira causa de morte.

O AVC é uma doença muitas vezes "incapacitante", por isso, o melhor tratamento é a prevenção destaca a médica Diosely de Castro Silveira, neurologista do Hospital VITA Curitiba. Os riscos do AVC incluem os riscos "modificáveis" e os "não-modificáveis", explica. A idade e os fatores genéticos, como a história familiar positiva para AVC, não podem ser mudados. Porém, o tratamento adequado da hipertensão, da diabetes, do colesterol elevado, das doenças cardíacas, da obesidade são de fundamental importância para prevenção do AVC. O tabagismo e o etilismo também são fatores de risco que para AVC que podem ser modificados. Entre os tratamentos preventivos, deve-se destacar a atividade física regular, que pode trazer benefícios não somente físicos, prevenindo um grande número de doenças orgânicas, mas também mentais, melhorando o humor, a disposição, e a capacidade de concentração.

O AVC é uma urgência e segundo a especialista, o importante é a pessoa estar atenta aos sintomas do AVC. Um diagnóstico rápido que pode ser sugerido pela família ou amigos, é conhecido pelo mnemônico SAMU. Ou seja, pode-se avaliar a pessoa pedindo a esta realize o "SAMU" , que são quatro tarefas fáceis:

S = Primeiro, pede-se para pessoa SORRIR, para observar se algum lado da face está paralisado, na pessoa que está tendo um derrame o sorriso já não é igual dos dois lados do rosto. A face pode ser assimétrica.
A = Segundo, pede-se para a pessoa ABRAÇAR, para levantar os dois braços ao mesmo tempo e mantê-los elevados. Se um deles cair um pouco ou muito também pode ser um sinal de AVC.
M = A terceira etapa é pedir para que cante uma MÚSICA, assim pode-se perceber se a pessoa está conversando adequadamente, outra opção é pedir para que repita uma frase.
U = No teste, a letra "U" corresponde a URGÊNCIA. Ou seja, deve-se chamar um serviço de remoção para que a pessoa seja encaminhada para atendimento médico o mais rápido possível, ou levar o paciente para um hospital com serviço de neurologia de plantão.

Além destes sintomas de dificuldade para falar ou entender e perda da força muscular em um lado do corpo, como face, braços e pernas, o AVC pode se apresentar com outros sintomas, incluindo alterações da sensibilidade como "formigamentos" ou "dormência" de um lado do corpo ou face, alterações ou perda da visão, da audição, da deglutição, da coordenação e equilíbrio, e mudanças súbitas do estado de alerta, como confusão súbita, sonolência excessiva súbita, ou mesmo inconsciência (coma), entre outros sintomas.

Diosely alerta que, caso isso ocorra, deve-se procurar um pronto-atendimento o mais rápido possível, pois somente uma avaliação médica adequada pode confirmar ou excluir o AVC. A especialista explica que o tratamento com trombolíticos em caso de um AVC isquêmico deve ser iniciado dentro de quatro horas e meia para os pacientes que preenchem os critérios de inclusão e possam receber este tratamento. O uso de trombolíticos na fase aguda do AVC pode salvar vidas e reduzir as consequências devastadoras do AVC que incluem as incapacidades motoras, sensitivas, cognitivas, da fala, e visual, entre outras. "O atraso à chegada ao pronto-socorro faz com que os pacientes percam uma oportunidade única de tratamento em muitos casos", ressalta. A internação é necessária para todos os casos de AVC na fase aguda.

Diagnóstico médico - De acordo com João Rafael Argenta Sabbag, neurologista do Hospital VITA Batel, realizar inicialmente uma tomografia computadorizada e uma ressonância de crânio, um hemograma completo, coagulograma, eletrocardiograma, ecocardiograma, duplex de carótidas, e em alguns casos, um angiograma ou angioRM de crânio e vasos cerebrais, assim como outros exames laboratoriais específicos a cada caso, podem ajudar o médico a determinar o tipo, localização e causa do acidente vascular cerebral assim como descartar outras eventuais doenças que poderiam estar causando os sintomas.

AVC não tem idade - Sabbag explica que algumas pessoas são mais propensas a sofrer um AVC, em especial as hipertensas, as que tem diabetes, as com distúrbio de coagulação, colesterol elevado, histórico familiar de AVC, arritmias ou outras doenças cardíacas, e os idosos, entre outros fatores. Os idosos têm maior probabilidade de sofrer um AVC, mas não são os únicos. "Frequentemente temos casos de pessoas na faixa etária de 30, 40 e 50 anos", relata. Até aproximadamente aos 50 anos os homens têm maior risco, a partir desta idade o risco se iguala para ambos os sexos. Certos medicamentos podem aumentar o risco de formar coágulos no sangue e, portanto, as chances de um derrame. Para as mulheres as pílulas anticoncepcionais podem aumentar a formação de coágulos de sangue, especialmente nas fumantes e com faixa etária maior que 35 anos.

Recuperação - O AVC causa dependência e alterações do dia-a dia da vida do doente e dos seus familiares. O tempo de recuperação e a necessidade de tratamento à longo prazo podem variar de pessoa para pessoa. Dependendo dos sintomas, a reabilitação pode incluir: terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.

Mais informações

Acidente Vascular Cerebral (AVC) - É uma interrupção do fornecimento de sangue a qualquer área do cérebro, consequentemente há perda ou diminuição das respectivas funções. Um acidente vascular encefálico pode ser definido em dois tipos: uma obstrução na artéria que leva o sangue para o encéfalo, chamado isquêmico ou quando existe uma hemorragia, que é o rompimento desse vaso sanguíneo. Em torno de 85% dos casos são isquêmicos e 15% são do tipo hemorrágico.

AVC Isquêmico - É o mais frequente. Normalmente, este tipo resulta do curso de artérias obstruídas, uma condição chamada arteriosclerose. Gordura, colesterol e outras substâncias acumulam nas paredes das artérias, formando uma substância pegajosa chamada placa de ateroma. Ao longo do tempo, a placa se acumula. Isso muitas vezes torna difícil para que o sangue flua corretamente, o que pode causar a coagulação do sangue.

AVC Hemorrágico - A segunda maior causa de acidente vascular cerebral é a hemorragia no cérebro, chamado de acidente vascular cerebral hemorrágico. Isso pode ocorrer quando pequenos vasos sanguíneos no cérebro tornam-se fracos e rompem. Algumas pessoas têm defeitos nos vasos sanguíneos do cérebro que tornam isto mais provável. O fluxo de sangue que ocorre após a ruptura de vasos sanguíneos danifica as células do cérebro. 


Autor: Redação
Fonte: Central Press

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