Coceira, ardência, vermelhidão e sensação de areia nos olhos. Esses são alguns dos sintomas da Síndrome do Olho Seco, doença que ocorre quando há uma diminuição na produção de lágrimas pelo olho, ou quando a qualidade da lágrima produzida não é adequada. Isso provoca ressecamento na superfície do olho, na córnea e na conjuntiva.
A Síndrome do Olho Seco atinge principalmente mulheres em idade avançada. Dados apontam que cerca de 10% dos adultos sofrem dessa doença no mundo inteiro. No Brasil, ela atinge cerca de 18 milhões de pessoas.
Entre as causas estão: função reduzida das glândulas lacrimais e perda do componente aquoso da lágrima como consequência do envelhecimento, de doenças sistêmicas e autoimunes (síndrome de Sjögren, artrite reumatoide, lúpus), do uso de certos medicamentos (antidepressivos, antialérgicos, betabloqueadores); evaporação excessiva provocada por fatores ambientais (ar condicionado, vento, clima quente e seco); e anormalidades nas pálpebras.
Segundo o oftalmologista Felipe Bakowicz, além dessas causas, pessoas que trabalham muito tempo em frente ao computador podem desenvolver a doença. "Essas pessoas têm mais chance de ter a Síndrome do Olho Seco, pois elas não piscam muito durante esse período. Com isso, o filme lacrimal não é distribuído com regularidade sobre a superfície dos olhos e sua lubrificação fica comprometida. Uma dica é desviar a atenção da tela do computador de 30 em 30 minutos.", acrescenta.
Diagnóstico e tratamento:
O diagnóstico é feito por meio de exame oftalmológico e testes como o BUT (tempo de rotura do filme lacrimal) e teste de Schirmer.
O tratamento ocorre com a aplicação de lágrimas artificiais (lubrificantes oculares) em forma de pomada ou colírio. Em casos mais sérios a doença é tratada cirurgicamente, com implantes de plugs de silicone ou cauterização.