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Alimente-se bem, evite doenças
 
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17/01/2013

Alimente-se bem, evite doenças

Com a chegada do verão, surgem algumas doenças que costumam se manifestar com maior incidência

O verão é a estação mais quente e esperada do ano. É época de viajar, se divertir e curtir as esperadas férias. No entanto, também é quando se deve ter muito cuidado com a saúde. Com a chegada do verão, surgem algumas doenças que costumam se manifestar com maior incidência. As altas temperaturas, o suor e a umidade, por exemplo, deflagram uma onda de doenças bacterianas e inflamatórias. Brotoejas, conjuntivite, otite, insolação, diarréias, desidratação e queimaduras solares são algumas delas. De acordo com Paulo Nader, médico pediatra e neonatologista do Hospital Universitário (HU), a prevenção pode evitar as típicas doenças de verão que assolam muitas crianças, adultos e idosos na estação mais quente do ano. Segundo Nader, muitas delas acontecem neste período de altas temperaturas, como a ingestão de alimentos mal conservados e a excessiva exposição ao sol. "Conhecer as doenças é a melhor maneira de prevenir e aproveitar a estação sem comprometer a saúde e a diversão. Com a má conservação dos alimentos, corre-se o risco de ter diarreia e vômito. Já, coma exposição ao sol, pode-se ter insolação e queimaduras. As pessoas têm que beber muita água e usar protetor solar", recomenda o neonatologista.

Cru, cozido ou gelado

No verão, o melhor é consumir comida crua ou bem cozida. Se for armazenar, congelar. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde (SES) alerta para os surtos de doenças transmitidas por contaminação alimentar. A responsável pelo setor de Alimentos, Susete de Almeida, lembra que problemas intestinais decorrem por exemplo da salmonela, uma das bactérias contidas em carnes e preparados com ovos crus como maionese. O stafilococcus aureus, presente em ferimentos nas mãos e unhas, pode contaminar o alimento sem cuidados adequados com a higiene.

Dicas para a praia

Queijinho, churrasquinho, camarão ou milho cozido são delícias de beira da praia. Mas, é necessário olho vivo na hora de degustar os petiscos. Das iguarias, Suzete de Almeida diz que o milho é o menos danoso, pois ferver reduz o risco de contaminação. Já o queijinho e o camarão são desaconselhados. Para quem opta por levar a merenda de casa, ela recomenda os lanches secos e crus como as frutas ou os não perecíveis. No caso dos lanches, evitar as mortadelas, presuntos e maioneses. "Neste caso, levar em bolsa térmica. E tem de ficar mais gelado que a cerveja", compara.

Crianças sofrem

Também Judith Vasconcellos, diretora da Vigilância em Saúde de Canoas, chama a atenção para as diarreias. A moléstia, segundo ela, é decorrente do efeito do calor sobre a alimentação e pode levar à desidratação. " Surto alimentar pode acontecer ainda em virtude da falta de higiene", alerta. Dados do setor apontam que, de cada dez casos de diarreia no município, oito são em crianças. A diretora comenta que no verão as notificações canoenses chegam a 500 casos ao mês. "No inverno, as ocorrências ficam em torno de 200 mensais", observa. A assinala, porém que os números devem ser maiores uma vez que muitas vezes a família trata a diarreia em casa, sem recorrer ao atendimento médico.

Atenção para a dengue

Uma outra doença que acontece no verão é a dengue, conforme Judith Vasconcellos, diretora da Vigilância em Saúde. "Com o calor e as chuvas da temporada - condições ideais para a reprodução do aedes aegypti - é preciso intensificar os cuidados básicos para não haver proliferação da doença", informa. A diretora explica que a Vigilância em Saúde realizar um trabalho de conscientização durante o ano todo para que as pessoas não deixem água acumulada em nenhuma parte da casa. "Trabalhamos a questão ambiental."

Lavar as mãos

A responsável pelo setor de Alimentos da Secretaria Estadual de Saúde, Susete de Almeida, alerta para a importância de lavar as mãos ao lidar com a comida.. Atenção à água potável também é necessário.

Barracas à beira-mar

Susete orienta aos veranistas a conferir a limpeza das barracas no Litoral. "Elas são fiscalizadas pela Vigilância Sanitária, mas é preciso atenção", diz Susete.

PREVINA-SE

Desidratação

A pessoa ingere menos líquido do que o corpo perde. Começa com sintomas leves, como mal estar e dor de cabeça. Nos casos mais graves pode até matar por insuficiência renal. Beber bastante liquido. No mínimo dois litros de água é o consumo ideal para os adultos. Sucos e chás também podem ser ingeridos. Refrigerantes não são muito indicados, porque o líquido não é tão bem absorvido. A cerveja também não. O álcool possui efeito diurético e a pessoa perde água pela urina.

Insolação

É a exposição exagerada ao sol, especialmente nos horários mais quentes - entre 10 e 16h, no horário de verão. Pode causar queimaduras na pele e desidratação, pelo excesso de suor. Em casos mais graves, a temperatura muito alta prejudica o funcionamento do organismo. Além de se hidratar, é importante evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes e usar roupas leves.

Brotoeja

São pequenas bolhas que surgem na pele, porque os orifícios das glândulas que produzem suor ficam obstruídas. E mais comum em crianças, na região do pescoço e das axilas. Alam do suor, as células mortas da pele, que causam a obstrução das glândulas em alguns casos, também aumentam no calor. Usar tecidos leves e roupas largas, manter a higiene da pele e não exagerar nos óleos. Passar protetor solar, mas não é preciso besuntar as crianças de cremes o tempo todo.

Micoses

São fungos que proliferam na pele, principalmente na virilha e entre os dedos do pé. Causam irritação e coceira. Dependendo da ferida, pode provocar uma infecção. Ambientes quentes e úmidos são ideais para os fungos. Podem ser transmitidos pela areia ou pelo piso em torno da piscina, mas o cloro na água impede que o fungo passe de pessoa para pessoa. Secar bem o corpo depois de sair do banho. Para as mulheres, uma dica é secar o cabelo a frio, para evitar micose no couro cabeludo.

Bicho geográfico

É um protozoário que penetra na pele e se alimenta de camadas internas. Causa dor e coceira. É comum em cães e gatos e pode ser transmitido para humanos quando pisamos nas fezes dos animais ou perto delas. Proibir a entrada de animais na praia. As fezes infectam um raio de dois metros na areia e dez metros na água.

Otite

É uma inflamação do ouvido, geralmente da parte mais externa. A água que entra no ouvido provoca irritação e pode conter também fungos e bactérias infectantes. Como as pessoas nadam mais, aumenta a probabilidade de que entre água, contaminada ou não, no ouvido. Se entra água no ouvido, é preciso tirar logo. Usar bolinhas de dilema no ouvido durante o banho de piscina ou de mar evita que entre água.

Conjuntivite

É uma inflamação na conjuntiva, a membrana que reveste os olhos. Pode ser uma irritação causada pelo sal do mar ou pelo cloro da piscina.Também pode ser transmitida por bactérias na água. Existe também a conjuntivite virai, que é comum o ano inteiro. Usar óculos de natação e lavar os olhos depois de nadar. Evite contato com pessoas já infectadas.

Dengue

É uma febre causada por um vírus que provoca, entre outros sintomas, náusea, vômito e cansaço. Em sua forma mais grave, a dengue hemorrágica, pode levar à morte. O mosquito que transmite o vírus precisa de água parada para se reproduzir. No verão, as chuvas aumentam o número de criadouros.A maneira mais eficaz de prevenir a dengue é impedir a reprodução do mosquito, eliminando recipientes que acumulem água.

Hepatite A

É uma inflamação no fígado, provocada por um vírus. Das três formas da hepatite, essa é a que menos mata, mas também deixa sequelas no órgão. O vírus pode ser transmitido pela água ou até pelos alimentos, em lugares com saneamento básico ruim, como algumas cidades de praia. Não é propriamente uma doença sazonal, mas esses fatores aumentam o risco de transmissão no verão. Existe uma vacina que pode ser tomada a partir de um ano de idade, mas não é oferecida pela rede pública. A água consumida deve ser clorada ou fervida, os alimentos devem ser cozidos e é preciso lavar bem as mãos antes das refeições. Essas medidas, aliás, previnem também contra infecções intestinais.

Veneno de animais

Pessoas são expostas pelas picadas de cobras e ferroadas de escorpiões, por exemplo. No inverno, as cobras procuram abrigos contra o frio; quanto volta o calor, elas ficam mais ativas. No caso dos escorpiões, seus esconderijos ficam alagados e eles tendem a sair; além disso, é a época de reprodução dos insetos, que servem de alimento para os escorpiões. Andar sempre calçado previne contra as picadas. Em caso de mordida de cobra, apenas lave com água e sabão e busque auxilio médico imediato. Quanto à ferroada do escorpião, a primeira medida é colocar uma compressa de água morna antes de procurar um profissional. 


Autor: Redação
Fonte: Diário de Canoas

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