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Método inovador de contracepção feminina fica fora do Rol de Procedimentos da ANS
 
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08/07/2013

Método inovador de contracepção feminina fica fora do Rol de Procedimentos da ANS

Médicos e pacientes esperam inclusão

No último dia 28, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a conclusão da revisão dos procedimentos obrigatórios a serem cobertos pelas operadoras de planos de saúde a partir de janeiro de 2014 e a técnica inovadora de contracepção feminina permanente via histeroscópica (Essure) foi colocada como “fora do escopo” no status no ROL de procedimentos da ANS.

A informação surpreendeu médicos e mulheres que esperam a inclusão há quatro anos, desde que o método chegou ao Brasil como alternativa à laqueadura cirúrgica. Opção de primeira escolha na Europa e Estados Unidos, ainda há tempo para a inclusão do método se médicos e mulheres participarem do processo de consulta pública. A agência já está recebendo sugestões e contribuições para inclusão de novos métodos no ROL por meio do preenchimento de um formulário eletrônico. O prazo para o envio destas contribuições expira dia 7 de julho e quem quiser participar pode entrar no site www.ans.gov.br, no campo “Participação da Sociedade/Consultas Públicas”.

Essure já vem sendo utilizado por vários serviços da rede pública em São Paulo, Brasília, Tocantins, Rio de Janeiro, Santa Catarina, entre outros estados. Por não conter medicamentos ou hormônios, o microimplante é indicado para todos os tipos de mulheres e uma excelente opção para aquelas que apresentam alguma patologia que aumente os riscos cirúrgicos, como hipertensão, cardiopatia, diabetes, obesidade, entre outras.

Os médicos que conhecem e aplicam o método opinam a respeito. “Entre os métodos contraceptivos definitivos existentes, essa laqueadura por histeroscopia é a melhor indicação para estas mulheres, pois a laqueadura cirúrgica (por laparoscopia) necessita de internação, anestesia geral, acesso à cavidade abdominal (corte), analgésicos no pós-operatório, repouso, dispensa das atividades por um período, ou seja, uma série de fatores desfavoráveis”, afirma o Dr. Luciano Gibran, médico Ginecologista e Obstetra, diretor do Núcleo de Endoscopia Ginecológica do Hospital Pérola Byington.

“Trata-se de dispositivo intratubário para anticoncepção definitiva, colocado por histeroscopia ambulatorial. Tem diversas vantagens em relação à laqueadura tubária, método tradicional de anticoncepção feminina definitiva, entre elas a eficácia superior à laqueadura tubária laparoscópica; não necessita de internação hospitalar e anestesia, portanto, é muito melhor. A colocação em cerca de 10 minutos traz pouquíssimas contraindicações. Por todos os benefícios que apresenta, recomendo fortemente este método”, ressalta o Prof. Dr. Reginaldo Guedes Coelho Lopes, Diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Vice-presidente da Comissão Nacional de Endoscopia Ginecológica da FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

As vantagens desta nova técnica trazem, também, benefício aos planos de saúde, uma vez que não há a ocupação de leitos hospitalares ou centros cirúrgicos, uso de anestesista e por não apresentar o risco de complicações de uma intervenção cirúrgica.

Segundo o Prof. Dr. Edmund Chada Baracat, Professor Titular do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, “por se tratar de um procedimento ambulatorial que não necessita de anestesia, tem a melhor relação custo-benefício do que os procedimentos para esterilização cirúrgica hospitalar”.

Nas semanas que se seguem ao procedimento, o corpo e os microimplantes trabalham juntos para formar uma barreira natural que impede o espermatozoide de alcançar o óvulo. Por esse motivo, durante os três primeiros meses, a paciente deve continuar a usar outra forma de contracepção. Após este período, é realizada uma radiografia simples da pelve e, confirmada a oclusão, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo.

Desde 2009, a Dra. Daniella de Batista Depes, encarregada do Setor de Endoscopia Ginecológica do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e uma das preceptoras da técnica no Brasil, realiza o procedimento no ambulatório do hospital com excelentes resultados. “Sempre acreditei no método por achar muito prático, eficaz e sem inconvenientes para a mulher. Os resultados são excelentes, os mesmos no cenário mundial”, diz.

A técnica tem reduzido de maneira significativa a fila de espera por laqueadura cirúrgica no serviço público de algumas regiões, como é o caso do Distrito Federal, que mantinha uma fila de 1.200 mulheres. Em seis ações fazendo uso do novo método, mais de 700 mulheres receberam o microimplante. “Estamos satisfeitos e com ótimas perspectivas. Com o esforço concentrado, a meta é zerar a fila ao longo dos próximos meses”, afirma o Dr. Adriano Bueno Tavares, Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.

O que as mulheres acham


Do ponto de vista de quem utilizou o método, as opiniões são igualmente favoráveis. Fabiana Cristofari Viero, de 37 anos, é mãe de dois filhos e fez o procedimento em maio de 2010 com a Dra. Daniella. “Antes de conhecer este novo método, queria fazer a cirurgia de laqueadura, mas estava com receio devido a uma possível complicação e por ter que me afastar do trabalho durante vários dias. Este método me proporcionou tudo o que eu precisava”, revela.

”Sou doméstica e tive que pedir demissão no último emprego para cuidar do meu filho recém-nascido. Em casa eu faço todas as tarefas domésticas. No dia em que fiz o procedimento com Essure voltei para casa e fiz todas essas coisas normalmente, pelo resto do dia, sem ter que me importar com nada e não tive efeito colateral nenhum”, explicou Aparecida de Cassia Alves de Jesus, de 33 anos, mãe de três filhos não planejados.

Mais informações sobre o método: www.essure.com.br 


Autor: Redação
Fonte: ADS Comunicação Corporativa
Autor da Foto: Divulgação - ADS

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