Nesta semana, 25 crianças morreram de intoxicação alimentar após um almoço gratuito em uma escola primária do estado de Bihar, no leste da Índia. A infectologista Raquel Muarrek, do Hospital e Maternidade São Luiz, explica que o quadro pode ser resultado da ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus ou parasitas.

— Depende do grau e da quantidade de toxina que a criança entrou em contato associado ao seu estado de saúde, se ela tem doença crônica ou está com a imunidade baixa, a intoxicação alimentar pode levar à morte.

De acordo com a médica, a contaminação pode ocorrer por meio do consumo de água sem o devido tratamento, compartilhamento de objetos sem higienização, manipulação, preparo, conservação ou armazenamento de alimentos.

Independentemente do tipo de contaminação, Raquel alerta que os sintomas são parecidos, ou seja, náuseas, vômitos, diarreia, febre, sonolência e mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação e perda de peso.

— O tratamento envolve repouso, hidratação e, em alguns casos, medicação.

Para prevenir a intoxicação alimentar, a médica orienta lavar as mãos antes das refeições ou de manusear alimentos, higienizar legumes, frutas e hortaliças antes do consumo, beber água filtrada e manter os alimentos adequadamente refrigerados ou em temperaturas elevadas para evitar a proliferação de bactérias.

No caso de crianças, os cuidados devem ser redobrados. O primeiro passo, alerta infectologista, é conhecer as condições de higiene e limpeza da escola. Além disso, ela acrescenta verificar se os filtros dos bebedouros são trocados com frequência e se há álcool em gel espalhado pelo local.

— Higienizar as mãos antes das refeições é fundamental.

Em relação à lancheira, Raquel recomenda incluir frutas inteiras, leite em pó, sucos de caixinha ou pães.

— Alimentos com ovo, como maionese, e leite de vaca misturado com achocolatado devem ser evitados, pois têm pouco durabilidade fora de refrigeração adequada.