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Técnicas cirúrgicas diminuem necessidade de mastectomia total
 
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30/10/2013

Técnicas cirúrgicas diminuem necessidade de mastectomia total

Utilização de próteses também tem sido cada vez mais utilizada, pelo menor número de complicações

O câncer de mama é o tumor mais incidente entre a população feminina, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com a expectativa de surgimento de mais de 52.600 casos até o final de 2013. Só no Rio Grande do Sul, devem ser confirmados pelo menos 4.610 casos, sendo o segundo Estado com o maior número de ocorrências. Um levantamento do SUS mostra que, desde 2008, já foram realizados 63,5 mil procedimentos de mastectomia (remoção total da mama) no país. Os dados assustam, porém o diagnóstico precoce e o avanço nas técnicas cirúrgicas nos últimos anos têm reduzido o grau de mortalidade, preservando a auto-estima das mulheres que são vítimas da doença.

Após o diagnóstico, normalmente é recomendada a cirurgia para retirada do tumor a fim de aumentar a sobrevida e, dependendo do grau de malignidade, diminuir o risco de uma recidiva. Desde 2008, 63.500 brasileiras fizeram cirurgia de remoção dos seios para tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil, isso sem contar o grande número de procedimentos particulares. A mastologista da Clinionco, Kenia Melissa Borghetti, explica que eles podem ser conservadores, quando é retirado apenas um quadrante da mama para remoção de tumores de até 3 cm, dependendo do tamanho da mama, ou de masectomia, com a retirada total dos seios. “Em alguns casos, opta-se por iniciar o tratamento pela quimioterapia antes da cirurgia para reduzir o tumor, permitindo a sua remoção nos casos em que inicialmente não seria possível fazer o procedimento, isso possibilita também reduzir o tumor a ponto de permitir a preservação da mama”, explica a mastologista.

Quando é necessária, outras modalidades de tratamento são alinhadas a essa cirurgia, pensando na qualidade de vida da paciente, sem prejudicar sua auto-estima. Com o aprimoramento de técnicas de oncoplástica, por exemplo, é possível reconstruir a mama ainda durante a cirurgia de remoção. “Essas técnicas, baseadas em conceitos de cirurgia plástica, têm permitido um resultado que se assemelha muito ao da cirurgia estética de redução da mama. A utilização de próteses também tem sido cada vez mais utilizada pelo menor número de complicações e por ser de mais fácil execução”, detalha Kenia.

Uso de próteses exige mais atenção no diagnóstico

O tamanho da mama não influencia no diagnóstico, muito menos no tratamento. Segundo a mastologista da Clinionco, além das imagens convencionais do exame de mamografia, também são necessárias as de raio-x pra mama seja incluída de forma integral na avaliação. O que pode trazer alguma informação equivocada no diagnóstico são as próteses de silicone. “Elas obscurecem uma porção do tecido mamário. Para isso, são feitos diferentes ângulos para obtenção do raio-x da mamografia com o objetivo de incluir a maior quantidade de tecido mamário. Mesmo assim, em torno de 10% a 15% do tecido não é avaliado”, alerta.

Isso não significa que mulheres com próteses de silicone não devem realizar o auto-exame ou, ainda, manter os exames de diagnóstico em dia, já que são os maiores instrumentos de detecção precoce da neoplasia. A especialista explica que, nesses casos, a ressonância magnética, por exemplo, pode ajudar a definir com maior precisão quando houver suspeita de ruptura.

Preservação da auto-estima

As técnicas de remoção da mama para o tratamento do câncer refletem na questão da feminilidade. Algumas mulheres têm medo da cirurgia diante do drama de “perder” os seios, ou, ainda, têm dificuldades em lidar com a auto-estima após o procedimento. Para a psicóloga do Centro de Psico-oncologia da Clinionco, Carla Maninno, as pacientes devem trabalhar, antes de tudo, a integralidade do indivíduo. “A ameaça da perda de sua autonomia, de poder prosseguir com seu ritmo de vida, até a questão da mudança de sua auto-imagem, como ela se vê, mexe não somente na sua visão mulher, mas como ser humano na sua integralidade”, explica.

Segundo Carla, o resgate da auto-estima já começa desde cedo entre as pacientes, que buscam reconhecer seus pontos positivos, trabalhar os negativos, e viver sua totalidade. O interessante, de acordo com a psicóloga, é que as mulheres já começam o resgate da sua imagem positiva com a prevenção da doença. “A mulher que trabalha sua autoestima e é consciente de seu corpo, mesmo não tendo diagnóstico da doença, está atuando para preveni-lo. Seja aprendendo ou realizando o auto-exame de forma adequada e eficaz, seja falando com seu médico ou com amigas a respeito do tema.

Agradar-se faz bem a saúde, sempre. É preciso buscar formas para isso, especialmente quando vivenciamos momentos delicados na vida. E eles sempre virão, portanto, a busca pelo ‘se fazer bem’ é vital”, reflete.


Autor: Alexandre Cardoso
Fonte: DNA

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