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Volta às aulas: isolamento e dificuldade de aprendizado exigem atenção
 
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07/02/2014

Volta às aulas: isolamento e dificuldade de aprendizado exigem atenção

Pais e professores devem ficar atentos aos sinais de perda auditiva

O ano letivo já começou e, para algumas crianças, esta é a primeira vez que elas vão para a escola. É neste período de novidades e descobertas que muitos pais e professores notam nos alunos algumas deficiências, como a falha na visão.

Entretanto, segundo alerta a fonoaudióloga Dra. Vanessa Fonseca Gardini, da clínica Pró-Ouvir Siemens Audiologia, de Sorocaba (SP), além da visão, mais comum de se notar, os responsáveis também devem ficar atentos aos sinais da perda auditiva na infância. “A deficiência auditiva deve ser detectada o mais cedo possível, para diminuir os prejuízos no desenvolvimento da criança, evitando dificuldades de aprendizado ou distanciamento social", explica.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que a deficiência auditiva é o mais frequente déficit sensorial da população, afetando mais de 250 milhões de pessoas no mundo e acometendo cerca de 10% das crianças em idade escolar. “É uma das deficiências mais sérias e muitas vezes só é identificada tardiamente”, aponta a especialista.

A perda auditiva na primeira fase da infância prejudica o desenvolvimento da fala, a capacidade de aprendizado e a interação social da criança. “O isolamento social é encarado por muitos como timidez, porém, este pode ser um sinal importante de dificuldade na audição”, esclarece Dra. Vanessa.

Ao nascerem, os bebês são submetidos ao teste da orelhinha, exame obrigatório nas maternidades e hospitais públicos e privados de todo o país, que detecta possíveis falhas na audição dos recém-nascidos. Entretanto, em alguns casos, a surdez também pode se manifestar nas crianças mais velhas. Esta falha, detalha a profissional, podem ocorrer pelo mal uso de hastes flexíveis (conhecidos como Cotonetes) ou como sequela de doenças mal curadas, tais como: otites e sinusites crônicas, sarampo, coqueluche, caxumba, meningite ou, ainda, ruídos muito altos perto do ouvido, pancada violenta próximo à orelha e a introdução de objetos no ouvido. “Muitas crianças possuem falhas de audição ocasionadas por otites recorrentes. Em alguns casos, no verão, esta inflamação está diretamente relacionada à presença de água no ouvido, proveniente de piscina ou mar. A solução para este problema é simples, mas, muitas vezes, desconhecida. Já existem no mercado tampões de ouvido que evitam a entrada da água, desenvolvidos de acordo com o tamanho do ouvido.

Para detectar falhas na audição dos pequenos, orienta Dr. Vanessa, os pais devem ficar atentos ao volume da televisão ou do rádio que a criança ouve, se ela senta à frente da televisão quando o volume do mesmo encontra-se agradável a todos, se pede para repetir as palavras, se tem trocas articulatórias (fala errado ou troca as letrinhas), se fica desatenta e queixa-se de dificuldades em ouvir ou obstrução dos ouvidos. “Na presença de um destes sintomas, os pais devem encaminhar a criança ao um fonoaudiólogo para a realização de um teste audiométrico, que constatará se há alguma falha na audição e o nível da perda auditiva”, diz Dr. Vanessa.

Meu filho tem deficiência auditiva. E agora?

O pequeno Brian, de 8 anos, possui déficit de audição e há, aproximadamente, um ano, passou a usar aparelho auditivo. De acordo com a mãe, Priscila Pompeu, o problema de Brian resultou de uma infecção de ouvido recorrente. “O ouvido vazava pus e os médicos chegaram a colocar um pequeno tubo para drenar. Porém, o corpo expelia o tubo e recorremos à cirurgia”, relembra. O tempo foi passando e as otites persistiam. Após diversas visitas a vários médicos e os mais variados tratamentos, foi constatado que Brian era alérgico e que as constantes otites ocorriam devido a este problema. “Encontramos a causa das constantes infecções no ouvido, mas a audição dele já estava afetada. Ele estava com apenas 60% da audição e o pediatra nos encaminhou à fonoaudióloga para a colocação de um aparelho auditivo. Fiquei muito assustada, imaginando que ele poderia sofre bullying dos amiguinhos”, recorda a mãe.

Dr. Vanessa conta que esta reação dos pais é normal e recorrente. Porém, com o avanço da tecnologia, os aparelhos auditivos estão cada vez mais modernos, discretos e atualizados com as necessidades de cada paciente. “Aquele aparelho antigo, grande, que ficava apitando ficou no passado. Atualmente, os aparelhos são quase imperceptíveis e podem ser programados para atender com precisão as necessidades auditivas de cada paciente, seja ele adulto ou criança”, destaca. Existem, inclusive, aparelhos infantis que podem ser produzidos na cor escolhida pela criança, além de receberem adesivos divertidos. Há, também, um dispositivo especial que permite que o professor fale lá à frente, na sala de aula, e a criança escute, perfeitamente, diretamente de seu aparelho auditivo, de onde quer que esteja.

Ao contrário do imaginado pela mãe, Brian ficou encantado com o aparelho auditivo e se habituou, rapidamente, com a novidade. “O irmão gêmeo ficou até enciumado por não usar aparelho”, ri a mãe.

Assim como Brian, diversas crianças utilizam aparelhos auditivos e levam uma vida normal. “Não há nenhuma razão para uma criança com problemas auditivos ter a infância prejudicada. Os novos aparelhos já estão adaptados para resistirem à dinâmica delas, bem como proporcionar uma excelente qualidade de vida”, finaliza Dr. Vanessa.


Autor: Camila Pedroso
Fonte: Q! Notícia Comunicação

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