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Prevenção contra DST deve ser feita o ano todo, não só no Carnaval
 
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19/02/2014

Prevenção contra DST deve ser feita o ano todo, não só no Carnaval

Comportamentos inseguros da população são fatores a serem trabalhados antes, durante e depois da folia

O mês pode variar, mas a temática do período é sempre a mesma: carnaval. Época de festas e excessos, a data é responsável também por uma enxurrada de campanhas de prevenção às DST/AIDS. A pergunta que fica é: essas campanhas são efetivas? “Se são efetivas não sabemos, pois não existem formas precisas de dimensionar a transmissão destas doenças nesta época, mas toda forma de conscientização é válida e necessária, independentemente da época do ano”. Isso é o que assegura o infectologista-chefe do Hospital Villa-Lobos, Cláudio Roberto Gonsalez. Apesar da discussão sobre DST ser mais recorrente no carnaval, os dados mostram que o sinal de alerta deve ficar ligado o ano todo.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, divulgados no ano passado, apontam que são registrados, no Brasil, cerca de quatro novos casos de DST por dia. Atualmente, no Brasil a média de novos casos de AIDS é de 36 mil por ano, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O médico do Hospital Villa-Lobos explica que a incidência de AIDS ainda preocupa a comunidade médica. “A impressão que tenho é de que as pessoas relaxaram com os cuidados e, por isto, novos casos surgem todos os dias. Os jovens, aparentemente, vêm fazendo menos uso de preservativos”, analisa.

O especialista ressalta que, embora não seja possível comprovar a relação entre o carnaval e o aumento nos casos de DST, o uso abusivo de álcool e drogas neste período tende a ser maior, o que pode levar a exposições sexuais desprotegidas. “Não são portas de entrada, mas podem ser facilitadores, uma vez que podem estimular os indivíduos fazendo com que estes reduzam seu senso crítico, ‘reduzindo a noção de perigo’, e proporcionando uma maior exposição às DSTs”, explica.

Apesar de não serem de transmissão exclusivamente sexual, essa é a forma predominante de contaminação. Entre as DSTs mais conhecidas estão a AIDS, capaz de causar imunossupressão (redução da eficácia do sistema imunológico) severa e doenças oportunistas que, se não tratadas, podem levar à morte; as Hepatites B e C, capazes de levar à cirrose hepática e câncer de fígado; Gonorreia e Clamídia, que em suas formas mais simples podem levar à uretrites com corrimento uretral abundante e à Sífilis, que pode trazer consequências neurológicas, cardíacas e má formação fetal. Esta última, a mais frequente, de todas e que vem sendo registrada em maior número, de acordo com o médico.

Além de todas as gravidades possíveis, as Doenças Sexualmente Transmissíveis podem ficar um tempo incubadas no organismo, o que pode impedir uma procura médica e agravar a doença. “Todas as DSTs podem passar despercebidas, em sua fase inicial. No entanto, o fato delas não serem percebidas não significa que nada façam em nosso organismo. O montante de ‘estragos’ causados por elas, às vezes, só são percebidos anos depois, em algumas situações”, detalha o médico.

O infectologista lembra ainda que, embora existam medidas terapêuticas e diagnósticas possíveis, caso a pessoa tenha sido exposta às DSTs – como procurar o médico em, no máximo, 72h ou, de preferência, em até duas horas, após a exposição – o mais importante, nesses casos, é adotar uma postura preventiva. “Não existe justificativa nenhuma para uma pessoa beber ou usar drogas, a ponto de perder a noção de sua segurança e a de terceiros. Parto do princípio de que esta condição seja decorrente de um desajuste psicossocial, cujo problema deva ser tratado antes do carnaval”, avalia. Por isso, nesses casos, vale a dica: melhor prevenir, do que remediar.


Autor: Cintia Ferreira
Fonte: Ecco Press

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