Nas férias escolares, as crianças normalmente mudam seus hábitos durante o dia e trocam suas rotinas de sono à noite. Brincar até mais tarde acarreta em ir pra cama depois da hora rotineira. Será que os pais devem ficar preocupados com o sono dos pequenos no verão? De acordo com o presidente do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Renato Santos Coelho, os pais podem relaxar nas regras neste período, sem deixar de participar da elaboração de atividades atrativas durante o dia.

- Dormir tarde não é por si só um problema nas férias. O ruim é quando os pequenos percebem as atividades da noite mais interessantes. Nestes casos, as crianças deixam de aproveitar parte do dia, que é a manhã. Para resolver esse impasse, é preciso atividades interessantes para eles que envolvam o dia também. Fazer combinações prévias e participar - destaca Renato Santos Coelho.

De acordo com o pediatra, os pais precisam entender que os filhos estão de férias, mas dizendo a eles que, assim que chegar as aulas, deverão retornar a rotina, com uma fase de adaptação dias antes. Os erros mais comuns dos pais nessa época do ano oscilam entre cobrar demais e soltar demais os menores. O ideal é não misturar as atividades dos pais com as deles e abrir um espaço nas suas rotinas para fazer algumas coisas juntos.

Criança que dorme pouco fica irritada com facilidade

Os sintomas que podem aparecer no caso de crianças que dormem pouco não são exclusivos do período de férias. Dormir pouco causa irritabilidade, perda do rendimento escolar e hábito de vida fora de sintonia com o resto da família. Segundo o pediatra Renato Santos Coelho, os pais podem participar mais da escolha das atividades dos filhos, influenciando os pequenos a realizarem tarefas interessantes durante o dia.

Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio G rande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.