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Ortopedistas querem que o Brasil deixe de ser fábrica de aleijados
 
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10/03/2014

Ortopedistas querem que o Brasil deixe de ser fábrica de aleijados

Desabafo é do presidente do Comitê de Defesa Profissional da SBOT, Mário Jorge Lobo

A falta de recursos, que leva a demora de até 30 dias para a cirurgia de um acidentado de trânsito, principalmente motociclista, e a imensa carência de serviços de fisioterapia para a reabilitação, após a cirurgia, fazem com que o Brasil esteja se tornando uma ‘fábrica de aleijados’. O desabafo é do presidente do Comitê de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, Mário Jorge Lobo, que é também o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco.

Para o especialista, há uma dicotomia entre o investimento e as rigorosas provas que a SBOT faz para conceder o título de ortopedista e a falta de infraestrutura e de liberação de recursos por parte dos governos. "O que leva à formação de longas filas de espera para uma operação, quando há médicos disponíveis, mas falta de hospitais, salas cirúrgicas, próteses, e leitos nas UTIS", relata Mário Jorge Lobo.

A consequência é “que em todos os grandes hospitais brasileiros persistem filas de até cinco anos para que um paciente do SUS seja operado para receber uma prótese”, como denunciou a SBOT no ano passado.

Mário Jorge Lobo lembra que para que tenha um título de ‘Especialista em Ortopedia’ o profissional faz 6 anos de faculdade, 3 anos de residência médica num serviço avalizado pela SBOT submetido à avaliação anual. Ainda precisa se submeter a rigoroso exame com parte teórica, prática e que inclui a verificação de seus atributos profissionais, sua relação com o paciente durante o atendimento e passa igualmente por teste de habilidade cirúrgica, que este ano incluiu um manequim representando uma criança, para que o candidato demonstre que consegue fazer um exame delicado com segurança e eficácia.

Envelhecimento aumenta demanda

O presidente do Comitê de Defesa Profissional adianta que uma das grandes preocupações da nova Diretoria da SBOT, presidida pelo professor Arnaldo José Hernandez, da USP, é a valorização do TEOT, o exame que concede ao médico o título de ortopedista. A preocupação se explica porque “há uma verdadeira epidemia de acidentes de motos e consequentes problemas traumáticos, além de ferimentos com armas de fogo”, diz o presidente do Comitê. "A violência se soma as doenças degenerativas, lesões ortopédicas que ocorrem em decorrência do rápido envelhecimento da população brasileira, que se torna cada vez mais longeva", completa.

O especialista termina sua colocação afirmando que do ponto de vista médico, um acidentado de motocicleta precisa e deve ser operado no menor prazo possível, na mesma semana do acidente é o desejável. "A falta de estrutura dos serviços de saúde faz com que frequentemente espere até 30 dias por uma cirurgia, o que afeta negativamente o prognóstico", diz Lobo.

Para Mário Jorge Lobo, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia está fazendo sua parte, preparando profissionais altamente capacitados, mas é preciso que em contrapartida o governo monte a infraestrutura necessária para que esses profissionais possam cumprir a missão que lhes cabe e para a qual estão preparados.


Autor: Redação
Fonte: DOC Press Comunicação

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