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Deixar de comer carne compromete a saúde?
 
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25/04/2014

Deixar de comer carne compromete a saúde?

Nutrólogo explica que é possível adotar dieta sem carnes e ser saudável, mas que variedade na alimentação, nesses casos, é essencial

Carne de panela, picanha na brasa, costela assada, espetinho, bife acebolado, rodízio, estrogonofe. Grande parte das pessoas ficaria com a boca cheia de água só de ouvir essas palavras. Outras, por questões éticas ou de saúde, preferem eliminar esses itens do cardápio. São elas, as vegetarianas. Sem levar em conta o aspecto ético da discussão, a pergunta que fica é: deixar de comer carne pode comprometer a saúde? A resposta é não. “Pessoas vegetarianas podem viver muito bem desde que consigam ingerir os alimentos em variedade e qualidade corretas”, defende o nutrólogo do Hospital Villa-Lobos, André Veinert.

O médico explica que, apesar da carne ser uma fonte de ferro de muito boa absorção e possuir um conjunto de aminoácidos importantes, ela pode ser substituída. “A carne é uma excelente fonte proteica e de vitaminas, mas não é a única. Todos os alimentos possuem características benéficas, mesmo em diferentes escalas”, diz. No entanto, algumas suplementações podem ser necessárias, no caso dos veganos (vegetarianos que não utilizam fonte animal alguma no dia a dia). Isso por que a vitamina B12, necessária para a saúde do sangue e do sistema nervoso, só é encontrada nesses alimentos. “Nesses casos, eles devem sempre dosar e repor, quando necessário, vitamina B12 e ferro”.

No caso de um vegetarianismo mais “light”, a dica é substituir a carne por alimentos com propriedades similares. “O ovo e o leite também são excelentes fontes de aminoácidos essenciais, inclusive melhores que a carne”, afirma Veinert. O especialista explica que pessoas que seguem essa dieta devem saber que há muita oferta proteica nas fontes vegetais, mas que o fornecimento de todos os aminoácidos essenciais não se consegue somente nessas fontes. “A junção de dois ou mais alimentos corretamente pode ofertar todos os aminoácidos essenciais”, detalha o médico do Hospital Villa-Lobos.

A lista de alimentos adequados para substituir a carne é extensa: grãos como soja, feijão, grão-de-bico, ervilha, ou leguminosas, frutas, castanhas, entre outros, são fontes proteicas consideráveis. “O grande segredo do vegetariano está na diversificação dos alimentos, que é a maior responsável pela melhora da oferta de aminoácidos na dieta”. A suplementação com medicamentos deve ser feita, somente quando necessário.

Com relação ao ferro presente nos alimentos de origem animal e vegetal, há uma diferença. “O que provém da carne tem maior taxa de absorção que o presente no vegetal. Isso ocorre pela estrutura química do ferro, que facilita a absorção do nutriente de origem animal”, explica o especialista. Na substituição do ferro animal a dica é consumir salsa, grão-de-bico cozido, ervilha cozida, lentilha cozida, agrião, espinafre, beterraba crua, grãos integrais ou enriquecidos, nozes, castanhas, feijão vermelho e frutas secas. Porém, o nutrólogo faz uma ressalva: adotar esse ou aquele estilo de vida não é garantia de saúde. “O simples fato de ser vegetariano não significa ser saudável. Dietas vegetarianas também podem ser hipercalóricas, ricas em gorduras ou carboidratos simples e levar à obesidade e outras doenças”, considera o médico.

No entanto, se a tentação de comer um bife acebolado for irresistível, a dica para os carnívoros é moderação e diversidade. “Vale lembrar que a carne não é a única fonte alimentar, por isso muito cuidado com o rol de alimentos ao dia”, recomenda o nutrólogo. Segundo ele, o principal cuidado a ser adotado é com o teor de gordura saturada consumida nas refeições. “Ela está presente em vários alimentos, mas principalmente nos de origem animal”. O consumo diário também não é indicado. “Três vezes por semana é um bom padrão. É importante também alternar com carnes de ave, peixe ou suína. Algumas delas possuem nutrientes diferentes e trazem outros benefícios para o organismo”, sugere. Carnívoros ou vegetarianos, a dica é ficar de olho com o que entra no cardápio, afinal, você é o que você come.


Autor: Cintia Ferreira
Fonte: Ecco Press

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