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Mães e atletas - duas vítimas potenciais da tendinite
 
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09/05/2014

Mães e atletas - duas vítimas potenciais da tendinite

Pós-parto e sobrecarga de atividades físicas podem favorecer o aparecimento da inflamação

Ninguém está livre dela, mas alguns grupos correm mais riscos de desenvolver o problema. A tendinite – uma doença essencialmente ocupacional – tem duas vítimas quase certeiras: os atletas e as mamães. Os primeiros são até previsíveis, mas como explicar que o exercício da maternidade seja tão suscetível à doença? Depois do nascimento dos filhos, mesmo durante a gestação, a preocupação delas vai toda para eles. O cuidado em amamentar na hora certa, verificar o porquê do choro, se o bebê está com frio ou calor, se está usando a roupinha certa e por aí vai. Até surgir uma dorzinha que vai do polegar ao punho como que para lembrar que a saúde dela também é importante. Tendinite de D’Quervain, eis o diagnóstico.

“A alteração hormonal durante a gravidez propicia uma alteração entre os tendões e a bainha, aumentando o seu volume e inflamando, levando a um quadro doloroso, principalmente no que diz respeito aos movimentos”, explica o chefe do serviço de Ortopedia do Hospital Villa-Lobos, Jorge Bitun. Durante a gestação a mulher produz um hormônio chamado relaxina, que ajuda no trabalho de parto, na medida em que amolece as cartilagens e relaxa as articulações. Esse processo, associado aos hábitos novos – e intensos – de segurar o bebê, pode favorecer o aparecimento desta tendinite. Uma vez instalada a inflamação, o resultado é um só: dor. “A mãe fica com dificuldade para segurar o bebê, de dar banho e trocá-lo. Isso causa uma frustração por não poder participar com o seu filho de tarefas pertinentes à mãe”, observa o médico.

No caso dos esportistas não há nenhuma alteração hormonal envolvida, a sobrecarga de atividades e a repetição de movimentos sem o devido alongamento podem causar uma inflamação nos tendões, estrutura que une o músculo ao osso. Resultado? Tendinite. “As tendinites em esportistas seguem um padrão específico, de acordo com a modalidade do esporte”, diz. Tenistas podem ter tendinite de D’ Quervain, assim como as mamães, por causa do esforço repetitivo de manusear a raquete. Podem também sofrer com epicondilites laterais ou “cotovelo de tenista” que, como o próprio nome diz, é uma inflamação localizada no cotovelo.

Já os corredores podem apresentar tendinite no tendão de Aquiles (calcanhar), no joelho ou no quadril. Os boxeadores podem desenvolver o mesmo problema na mão ou no punho. “Tem tendinite que dá nos saltadores de basquete, no joelho. Há uma que dá no jogador no beisebol, que é no ombro, por que ele arremessa muito”, explica o ortopedista. Nadadores podem apresentar uma inflamação denominada “ombro de nadador”.

O tratamento em ambos os casos é realizado com repouso, anti-inflamatórios e fisioterapia. “Se não surtir efeito, utilizamos o tratamento cirúrgico”, diz. O médico do Villa-Lobos lembra que a tendinite de D’ Quervain é uma das únicas tendinites que são cirúrgicas. “Há casos crônicos que o médico não consegue resolver com nada, em que o paciente prejudica a qualidade de vida”. Por isso, vale tomar alguns cuidados preventivos para evitar que a doença se instale.

As mamães devem procurar fortalecer os músculos ainda durante a gestação. Ao amamentar manter sempre a postura correta e alternar o braço que segura a criança para evitar sobrecarga. Os atletas – vale também para aqueles de fim de semana – devem fazer alongamentos antes e depois das atividades físicas, verificar se a intensidade da atividade está respeitando as características estruturais do praticante e utilizar equipamentos corretos e locais adequados para a prática. Caso verifique dor local continuada, a dica é sempre procurar um especialista.


Autor: Cintia Ferreira
Fonte: Hospital Villa Lobos/Ecco Press

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