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Câncer de mama: mamilos podem ser conservados ou reconstruídos após cirurgia
 
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23/06/2014

Câncer de mama: mamilos podem ser conservados ou reconstruídos após cirurgia

Mamoplastia oncoplástica associa procedimento oncológico com estético

A mamoplastia oncológica ou mamoplastia oncoplástica consiste na associação de técnicas de cirurgia oncológica da mama com técnicas de cirurgia plástica em um mesmo procedimento, a fim de proporcionar um tratamento adequado do câncer de mama e também possibilitar um remodelamento mamário. Pode haver também redução da outra mama, de forma a deixar ambas com aspecto de estético satisfatório, mais equilibradas.

Estas técnicas permitem grandes ressecções oncológicas com a manutenção de um resultado estético, se tornado um dos maiores avanços cirúrgicos no tratamento do câncer de mama.

A cirurgia está primordialmente indicada em mamas de médio e grande volume que se beneficiariam de redução da mama - na qual o cirurgião aproveita tecido mamário que habitualmente seria retirado nas cirurgias convencionais de redução mamaria para preencher os defeitos resultantes das ressecções oncológicas, isto é, a mama doa tecido de uma região saudável para uma região doente que será removida.

Em resumo, as técnicas de mamoplastia oncológica estão indicada nos caso de pacientes com câncer de mama e com mamas de médio e grande volume.

Na maioria dos casos de câncer de mama é possível preservar a aréola e o mamilo. Só será necessário retirar aréola e mamilo quando esta região da mama está acometida por câncer, ou quando o tumor está tão próximo da aréola e mamilo, ainda que não esteja contaminada no laudo anatomopatológico, mas a proximidade é tão grande que seria necessário remover estas estruturas como margem de segurança. Esta definição depende primordialmente da avaliação do cirurgião oncologista, baseado nos exames de imagem e no exame médico da paciente no qual ele associará uma série de fatores para indicar qual será o melhor tratamento neste caso.

Nos casos em que o cirurgião necessitou remover a areola e mamilo por questões oncológicas, poderá ser feita a reconstrução imediata desta região tão importante na estética e autoestima das mulheres. Realizamos técnicas avançadas de oncoplástica mamária para, com a pele da mama, simular uma areolar e um mamilo. Vale ressaltar que esta reconstrução visa minimizar o desconforto estético da ausência da aréola e do mamilo. Do ponto de vista funcional, se trata de pele da mama e não terá a mesma sensibilidade que a aréola e mamilo natural teriam. É uma alternativa para minimizar o problema, mas que traz uma grande satisfação para as pacientes, reduzindo a sensação de mutilação.

Como é feita a cirurgia

Aqui teremos 2 situações:

Quando se retira toda a mama (incluindo o bico do seio)
Quando se retira parcialmente a mama (o que chamamos de cirurgia conservadora da mama - mas que seja necessária a remoção do bico do seio por questões oncológicas).
No cenário de mastectomia, quando se remove a aréola, mamilo e o conteúdo da mama preservando quase toda a pele (o que chamamos de mastectomia com preservação de pele), se faz uma reconstrução imediata com prótese de silicone. No geral, a cicatriz está na região central da mama (aréola) e muitas vezes será preferível aguardar a cicatrização completa desta região, bem como aguardar a acomodação da prótese até adquirir a posição natural. Nessas circunstâncias, será mais fácil achar o local ideal da aréola.

Após esta acomodação ter ocorrido, o que leva em torno de três a seis meses, a aréola e o mamilo poderão ser reconstruídos com pele da própria mama, pele da região inguinal ou mucosa da região genital, a depender da avaliação do cirurgião e do desejo ou não da paciente em ter tecido retirado de outras regiões do corpo e cicatrizes nestas regiões também.

No cenário de cirurgia conservadora, a mama ideal para se fazer uma nova aréola e mamilo na mesma cirurgia de remoção do câncer seria aquela de médio e grande volume, na qual existe pele e tecido mamário suficiente para serem mobilizados de outras regiões da mama não acometida por câncer para a região central que foi removida.
Neste caso, é realizada a cirurgia oncológica para a remoção do tumor com as margens de segurança necessárias, associada à redução e remodelamento completo da mama, na qual o resultado das cicatrizes ao final corresponde a um "T invertido". É utilizada pele desta mama, nesta mesma cirurgia, para dar forma a uma nova aréola e um novo mamilo. Também será realizada a redução da outra mama a fim de termos mamas de tamanhos semelhantes com melhor equilíbrio corporal e mamário. A associação de todas estas técnicas e procedimentos demanda grande expertise do cirurgião, sendo uma cirurgia bastante trabalhosa e de duração prolongada. Mas todo este esforço vale a pena, pois possibilita reconstruir a aréola e o mamilo que são tão importantes para a autoestima da mulher, dando identidade à mama.

Após a cicatrização completa da aréola poderá ser feita uma pigmentação na região, a fim de deixar a tonalidade desta mais parecida com a da aréola contralateral. 


Autor: Wesley Andrade
Fonte: R7 - Minha Vida

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