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O que os jogadores de futebol fazem para manter a forma
 
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11/08/2014

O que os jogadores de futebol fazem para manter a forma

Rotina dos atletas serve de exemplo para melhorar sua saúde

Antes de elogiar ou xingar o técnico do seu time pelo placar do Gre-Nal deste domingo, pense que o resultado da partida vai muito além da habilidade que se vê em campo. Desde as categorias de base, o sucesso ou o fracasso estão intimamente ligados ao condicionamento físico e emocional dos jogadores.

Não há fórmula mágica para transformar um atleta em super-herói capaz de superar as pancadas recebidas dentro de campo. A preparação de um jogador de alta performance trafega pelos exercícios, recuperação, horas de sono, dieta balanceada. Por trás disso, está o trabalho planejado de uma equipe de médicos, preparadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, fisiologistas, massagistas — onde não há margem para amadorismo. O tipo e a intensidade dos exercícios desenvolvidos variam de acordo com o calendário. Se é pré-temporada, o foco é no recondicionamento dos atletas. Quando a frequência dos jogos aumenta, diminui a carga física e se intensifica a parte técnica.

— Antes do campeonato, podemos colocar até 70% de exigência física. Os outros 30% são técnico e tático. Quando se aproxima do início da competição, essa relação vai se invertendo — explica o preparador físico do Grêmio e da Seleção, Fábio Mahseredjian.

Essa diminuição na carga deve-se à alta exigência para disputar partidas no fim e no meio da semana — o caso do Grêmio, em abril, quando jogava a Libertadores simultaneamente ao Brasileirão, e do Inter, atualmente, com a Copa do Brasil e o Brasileirão.

O tempo livre, então, é ocupado com atividades regenerativas, apenas para manter o preparo do jogador. Segundo o preparador físico do Grêmio, as mais comuns são as corridas de intensidade leve ou moderada, com duração entre 10 e 20 minutos, e a crioterapia, um tratamento com gelo que pode ser combinado com imersões em água quente. Ter uma dieta rica em carboidratos após o esforço físico e repousar são importantes para a recuperação.

Há um consenso entre as pesquisas nessa área de que o treino deve englobar exercícios de base aeróbica de alta potência (de preferência, próxima ao limite do atleta) e anaeróbica (sem liberação de ácido lático).

— O mais comum é que o trabalho físico seja feito com a bola. Sempre deve se ter presente um componente de preparação física, técnica e tática — diz o professor da faculdade de Educação Física (Esef) da UFRGS Alberto de Oliveira Monteiro.

Essa é a premissa no campo colorado. O preparador físico do Internacional Cristiano Nunes acredita que, para condicionar um atleta para alta performance no futebol, não se pode abrir mão do trabalho com bola. Segundo ele, os jogadores são sempre monitorados de forma detalhada com metodologia e tecnologia próprias para análise de desempenho. Os dados são usados pela equipe médica e empregados por Nunes em treinamentos específicos, conforme necessidade do time.

— Tem que evitar excessos, fazer reposição energética, descansar Se o atleta não seguir as regras e não tiver o suporte para sua performance, o maior prejudicado será ele mesmo — diz Nunes.

Cuidado quase maternal

É papel da equipe médica cuidar também dos aspectos emocionais e afetivos dos jogadores. Se o jogador está preocupado, levará mais tempo para se deslocar, sua musculatura ficará mais tensa e terá mais risco de lesão. Como a presença de psicólogo ainda sofre uma certa resistência nos clubes brasileiros, esse papel acaba sendo desempenhado pelos outros profissionais.

Por ser uma das poucas mulheres envolvidas no cuidado da rotina dos jogadores do Grêmio, a nutricionista Katiuce Borges tem uma preocupação quase maternal. Ela visita a casa dos atletas para saber quem prepara a comida deles. Para os que moram sozinhos, enumera uma lista de restaurantes que fazem tele-entrega de comidas saudáveis. Também prepara café da manhã, jantas pós-jogos e lanchinhos entre os treinos:

— Assim, eles não têm desculpa para treinar de barriga vazia — brinca a nutricionista.

Você sabia?

Curiosidades e lições dos grandes times

Prática contagiante

Quando a pessoa se disciplina com o propósito de fazer uma atividade física intensa em benefício próprio, ela também acaba ajudando quem está ao seu redor.

Multa para gordura extra

O peso ideal para jogadores varia de acordo com a estatura e a morfologia. O padrão para os jogadores é, em média, 50% de massa magra no corpo. No Grêmio, quem ultrapassa o percentual de 11,5% de massa gorda tem que pagar "caixinha" — uma multa de valor não revelado.

Consumo e gasto calórico

Apesar de manter o olho sempre na balança, atletas consomem mais calorias por refeição. São, em média, 4 mil kcal por dia (uma pessoa normal come cerca de 2,5 mil kcal). O alto consumo é rapidamente absorvido: em 90 minutos de jogo, o gasto calórico médio pode variar de 1 mil kcal a 1,5 mil kcal (padrão do Neymar).

Músculos protetores

Muitas vezes a habilidade e a técnica superam formação da estrutura física. Mas, em geral, se ele tiver fora do peso seu desempenho será prejudicado e poderá, inclusive, sofrer lesões. Os quilos a mais atrapalham as articulações, as torções, rotações, saltos e arranques. A musculatura bem trabalhada, por sua vez, ajuda a proteger os ligamentos e as articulações.


Autor: Lara Ely
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Caio Marcelo

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