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Efetividade do Novembro Azul ainda esbarra no preconceito masculino
 
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19/11/2014

Efetividade do Novembro Azul ainda esbarra no preconceito masculino

Especialista explica o que é a doença e quais formas de minimizar as chances de desenvolver o problema

Homens não cuidam da saúde. Segundo estudo do Centro de Referência da Saúde do Homem (SP), 60% deles só vão ao médico, caso a doença esteja em estágio avançado. No entanto, ações de conscientização social pretendem mudar esse quadro. É o caso do Novembro Azul, data que marca o mês mundial de combate ao câncer de próstata, um dos mais comuns tipos de câncer masculino e que atinge cerca de 10% dos homens depois dos 50 anos e 50% deles depois dos 75. A proctologista e cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Villa-Lobos, Leda Telesi Castro, avalia que a resistência dos homens a procurar um médico é cultural. “Os homens têm muito preconceito, principalmente, com o exame que é feito pelo reto. Eles sentem ferida a sua masculinidade”.

O exame de toque é a principal forma de diagnóstico do câncer de próstata. Em conjunto com o exame de sangue, denominado PSA (Antígeno Prostático Específico), ajuda na identificação do aspecto e tamanho da próstata. Nos casos de carcinoma, essa substância aumenta e a glândula muda de textura. Somente o exame de sangue não é suficiente para detectar a doença, uma vez que pode haver aumento do PSA, sem haver câncer – de 75% a 80% dos homens com PSA aumentado não têm câncer – e, em alguns casos, pode não haver aumento do antígeno, mas presença de células cancerígenas.

A próstata é uma glândula que fica localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela produz cerca de 70% do sêmen que alimenta e transporta os espermatozoides. É uma importante aliada da fertilidade masculina. Além do câncer, outras doenças podem comprometer a região, como a Hipertrofia. “A Hiperplasia é benigna e o câncer, maligno. Os tratamentos também são bastante diferentes”, explica a médica. Na Hiperplasia há um aumento benigno da próstata. Normalmente, com o avançar da idade, essa glândula cresce naturalmente. No entanto, em alguns casos esse crescimento pode comprimir os órgãos vizinhos como a bexiga e a uretra, causando, por exemplo, micção frequente ou dificuldade de urinar.

Já no caso do câncer de próstata o crescimento da glândula pode provocar a migração dessas células cancerígenas, gerando metástase (disseminação para outros órgãos). Em 95% dos casos os sintomas só aparecem quando a doença está em estágio avançado. Como nesse tipo de carcinoma não há formação de tumor, mas de vários nódulos, somente o exame de toque é capaz de detectar essa alteração. Entre os principais grupos de risco estão os obesos, homens negros, com idade avançada e histórico familiar da doença.

Apesar de não haver prevenção do câncer de próstata, algumas medidas podem ajudar a minimizar as chances de desenvolver a doença ou evitar que ela evolua. “É importante que o homem mantenha uma dieta pobre em gordura animal, faça exames de rotina e, se necessário, e somente sob orientação médica, recorra à suplementação de hormônios antagonistas à testosterona, como a prolactina e a oxitocina”, orienta a especialista. Há previsão de 69 mil casos em 2014, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA).


Autor: Cintia Ferreira
Fonte: Ecco Press

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