Com medo de que os filhos estejam mal nutridos ou desenvolvendo menos, muitos pais começam a dar suplementos de vitaminas para os bebês sem orientação médica. Porém, de acordo com a gastroenterologista pediátrica Debora Duro, as crianças pequenas que não apresentam problemas crônicos só necessitam de suplementação de Vitamina D e Ferro. A explicação deste tema ocorreu durante o VIII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, evento organizado pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS).
- As suplementações de Vitamina D e Ferro devem iniciar aos quatro meses de vida. Neste período, o leite materno já não apresenta as quantidades ideais destes nutrientes para as crianças. Entretanto, não existe recomendação para outros suplementos, como Vitamina C, por exemplo. Apenas em crianças com problemas - afirma Debora Duro.
A deficiência de Ferro atinge aproximadamente um quarto da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde. A entidade alerta que a maior incidência do problema é percebida em mulheres e crianças escolares. Debora Duro destaca que a falta de Ferro prejudica a velocidade do crescimento das crianças.
A vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Cristina Targa Ferreira, ressalta que é muito importante que os pediatras aconselhem os pais corretamente sobre a suplementação do bebê.
- A dúvida da Vitamina D é muito frequente nos consultórios. É recomendado que os bebês sejam expostos ao sol por aproximadamente 15 minutos diariamente sem protetor solar. É uma das formas mais interessantes de absorção desta vitamina - lembra Cristina Targa Ferreira.
Outros nutrientes, como Cálcio e Zinco, também são importantes para o desenvolvimento das crianças. Porém, a suplementação destes elementos só deve ser realizada de acordo com a necessidade das crianças. O VIII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria ocorreu em maio em Porto Alegre.
Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.