As mudanças no calendário de vacinação das crianças são comuns e contemplam diversas mudanças na situação epidemiológica do país. A explicação é dada pelo médico do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Juarez Cunha.
- Assim como outras instituições de saúde do mundo, periodicamente, o Ministério da Saúde revisa seus calendários vacinais. Essas alterações contemplam mudanças na situação epidemiológica das doenças imunopreviníveis no país ou mesmo novidades científicas relacionadas às vacinas, como por exemplo a diminuição no número de doses necessárias para adequada proteção, o desenvolvimento de vacinas que deem menos reação ou mesmo a possibilidade de combinar várias vacinas em uma só picada - revela Juarez Cunha.
As principais alterações no calendário do Ministério da Saúde são:
- Vacina Hepatite B - passa a ser recomendada para todas as faixas etárias. Principal motivo é o aumento da atividade sexual em idosos.
- Vacina Poliomielite - a terceira dose aos seis meses passa a ser inativada (injetável), mais segura e de acordo com a estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) para erradicar a doença. Ou seja, em alguns anos a vacina oral não será mais utilizada.
- Vacina Hepatite A - alterada idade de aplicação para um ano e três meses, diminuindo número de picadas com 1 ano de idade.
- Vacina Meningococo C - alterada idade de aplicação da dose de reforço para um ano. Podendo ser administrada até os quatro anos de idade.
- Vacina Pneumocócica 10 - alterado o esquema, saiu a terceira dose aos seis meses. Ficam duas doses, aos dois e quatro meses, e um reforço com um ano de idade. Esse esquema se mostrou igualmente eficaz. O reforço pode ser administrado até os quatro anos de idade.
- Vacina HPV - alterado esquema, saiu a terceira dose cinco anos após. Ficam duas doses aos zero e seis meses. Esse esquema se mostrou igualmente eficaz em menores de 15 anos. O Ministério da Saúde disponibilizará a vacina para meninas dos 9 aos 13 anos.