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Sul do país é uma das áreas com maior índice de câncer de pele
 
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17/11/2009

Sul do país é uma das áreas com maior índice de câncer de pele

Chegada do verão exige cuidados mais rigorosos

Com o verão se aproximando é bom relembrar os cuidados para prevenção contra a doença, que deve começar desde a adolescência com cuidados simples, como a proteção contra sol e o auto-exame.

 Para o oncologista clínico, Marcelo Oliveira, é extremamente importante conscientizar os adolescentes a se protegerem dos raios ultravioletas. “Ao contrário do que se imagina, cerca de 75% da radiação solar recebida durante a vida ocorre nos primeiros 20 anos, mas os efeitos dessa radiação só se manifestam com o passar do tempo. As lesões começam a aparecer, na maioria das vezes, por volta dos 40 anos”, explica.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2008 foi estimado, aproximadamente, 100 mil novos casos de câncer de pele não melanona no Brasil. Os números se dividem para os dois sexos, mas a maior incidência da doença é para mulheres. Enquanto o risco estimado é de 59 casos a cada 100 mil homens, para as mulheres são 61 casos para cada 100 mil do mesmo gênero.

Apesar de a letalidade ser considerada baixa no Brasil, a demora para o diagnóstico certo pode levar a deformações físicas graves. “O câncer de pele, quando tratado de forma adequada, pode ser totalmente curado”, afirma o oncologista.

 A Organização Mundial de Saúde – World Health Organization (WHO) alerta que anualmente ocorrem, aproximadamente, 132 mil casos novos de câncer do tipo melanoma, que é o mais grave, sendo que sua letalidade é maior. A entidade também destaca um crescimento na incidência desse tumor em populações de cor de pele branca.

 De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) pelo menos 80% dos melanomas são causados pela exposição excessiva ao sol. Ou seja, a doença poderia ser evitada se o indivíduo se protegesse corretamente contra os raios ultravioletas.

Aproximadamente 5% da radiação solar incidente na superfície da Terra procedem de raios ultravioletas. A intensidade varia em função de localização geográfica, hora do dia, estação do ano e condição climática. Por isso, o Brasil, com enorme dimensão geográfica e área superior a 8,5 milhões de km², localizado entre os paralelos 5º N e 34º S, tem índices de radiação UVA e UVB que variam muito de uma região para outra. “Apesar dos raios solares não serem tão intensos no Sul do país, a situação é preocupante devido a forte influência genética de pessoas brancas, procedentes da imigração européia. O índice de pessoas com pele clara chega a 89% nesta região”, destaca o médico.

Dados do INCA mostram que a região Sul do Brasil é a campeã em casos de câncer de pele melanomas. O Rio Grande do Sul aparece em primeiro lugar com 870 casos em 2008, em seguida fica o Paraná com 570 casos, e por fim, Santa Catarina, com 510. O estado gaúcho só perde para o estado de São Paulo, com 2.140 casos da doença, outro dado alarmante. Ao contrário de outros estados do país, como por exemplo, Amazonas, Alagoas e Piauí, que aparecem com o número de 20 casos cada um, em 2008.

O oncologista Marcelo Oliveira ressalta a importância de prevenir a doença, com cuidados simples, como evitar a exposição solar entre as 10h e 15h, fazer uso do bloqueador solar com fator 15 no mínimo, como também o utilizar chapéu, óculos de sol e camiseta. “Outro ponto importante é fazer o auto-exame, contribuindo para o diagnóstico precoce. Basta se observar ao espelho e ao notar manchas ou sinais novos, deve-se procurar um médico. É fácil observar alguns sintomas. Ferida, sem causa aparente e que não cicatriza; pinta ou sinal de nascença que sofreu alteração no tamanho, cor, aspecto, acompanhado de coceira, dor ou sangramento”, informa.

É bom também ficar atento para alguns fatores de risco. Quem tem pele clara ou com grande quantidade de sardas ou pintas, pelas estatísticas, estão mais sujeitas ao câncer de pele. “O risco também aumenta se já houve casos de câncer em parentes de primeiro grau, pelo fator da hereditariedade. A exposição excessiva aos raios ultravioletas, é preocupante, pois 90% dos casos de câncer de pele estão relacionados aos efeitos cumulativos da exposição ao sol. Os imunossupressores, pessoas que foram tratadas com medicamentos que diminuem a resistência do organismo também têm maior risco para o câncer de pele”, diz o médico.

Na maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico ou através da destruição das lesões por radioterapia ou criocirurgia com nitrogênio líquido. “Se a lesão for retirada o quanto antes, maior a chance de se evitar a disseminação de células cancerosas para outros órgãos”, avalia o oncologista.

O câncer de pele é dividido em três tipos principais: o Carcinoma Basocelular, que é o mais frequente e menos agressivo. Ele é um pequeno nódulo de cor rósea que cresce lentamente, até virar uma ferida de difícil cicatrização. O outro é o Carcinoma Espinocelular, considerado o mais agressivo que o primeiro, pois cresce mais rápido, iniciando como uma crosta ou pequena ferida; e o Melanoma Maligno, o tipo mais grave, porém o menos frequente, onde as lesões podem espalhar para outras partes do corpo através do sangue e da linfa, atingindo órgãos vitais.

Alguns cuidados para o verão:

  • Evite sair sem protetor mesmo nos dias nublados;
  • Use sempre bloqueador solar com fator de proteção (FPS) 15, no mínimo, reaplicando depois de nadar ou transpirar;
  • Use óculos de sol escuros para proteger os olhos e pálpebras;
  • Baton ou creme labial com bloqueador solar para proteger os lábios;
  • Com crianças o cuidado deve ser redobrado: horário correto, uso de protetor solar, chapéus e camisetas. Quando próximas à água, devem ficar na sombra durante a maior parte do tempo;
  • É importante lembrar que o bronzeamento artificial (cabines de bronzeamento) também representa risco à saúde, pois produz radiação ultravioleta, causando os mesmos efeitos nocivos dos raios solares, se utilizado em excesso.

 


Autor: Paulo Batista
Fonte: Lide Multimídia – Assessoria de Imprensa

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