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Mais opções para o tratamento de diabetes
 
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13/07/2010

Mais opções para o tratamento de diabetes

Novas insulinas já estão no mercado, mas o acesso aos medicamentos ainda é limitado

Pessoas que sofrem com diabetes têm bons motivos para ficar animados. O desenvolvimento de novos tipos de insulina está facilitando o tratamento da doença, que impede ou compromete sua produção natural, pelo corpo humano. Os benefícios poderão atingir 3,6% dos brasileiros, portadores de diabetes. Ao redor do mundo, os beneficiados poderão chegar a 246 milhões de pessoas. O único fator que ainda atrasa o acesso aos novos recursos é o seu custo, ainda muito elevado para a população em geral.

Os novos tipos de insulina são chamados de Análogos da Insulina e são formas alternativas do componente, produzidas em laboratório, que demonstram mais eficácia e eficiência no tratamento da doença. Essas novidades vêm a se somar aos tipos de insulinas já usadas em tratamentos, chamados NPH e Regular. De acordo com a Dra. Angela Casillo Christóforo, endocrinologista da Paraná Clínicas, uma das principais vantagens dos tipos alternativos é o abrandamento das reações da substância no corpo, aproximando os efeitos da aplicação artificial aos efeitos da produção natural de uma pessoa não-diabética.

A forma de aplicação da substância também é outra vantagem apresentada pela médica. “Ao invés de ser com seringas, o paciente usa canetas de aplicação, o que lhe garante mais conforto, precisão e facilidade”, explica Angela.

Novos tipos e suas vantagens

Em substituição à insulina Regular, foram criados os tipos Aspart, Lispro e Glulisina, considerados de ação ultra-rápida. “Estas insulinas são muito utilizadas e facilitam o tratamento do diabetes principalmente em crianças”, explica Angela. De acordo com a médica, estes novos tipos podem ser aplicados no início, durante ou logo após a refeição e atuam tempo necessário para a digestão dos alimentos – cerca de duas horas a menos que a insulina Regular, que deve ser aplicada meia hora antes das refeições.

Outras duas novas insulinas podem substituir a NPH, a Glargina e a Detemir. Estas são consideradas de ação lenta, e podem atuar no organismo durante 24 horas. “Glargina e Detemir não apresentam picos de ação como a NPH, sendo grandes aliadas para evitar a incidência de hipoglicemia. Entretanto, toda troca de medicação precisa ser avaliada pelo médico e, no caso da insulina, de preferência, com o endocrinologista”, completa Angela.

Há ainda as chamadas insulinas mix que são formadas por 50% a 75% de insulina de ação lenta junto com 25% a 50% de ação rápida na mesma caneta de aplicação, o que proporciona maior praticidade ao paciente. Sua aplicação, entretanto, deve ser feita de duas a três vezes ao dia.

Formas de diabetes, cuidados e tratamentos

Muito se é discutido sobre as formas de tratar o diabetes. Afinal, esta é uma doença que proporciona diversas complicações crônicas, como cegueira, insuficiência renal e até amputações. Existem dois tipos principais de diabetes, o tipo 1, causado pela destruição das células produtoras de insulinas do pâncreas, com a qual o paciente precisa de tratamento com insulina desde o início da doenças. Já no tipo 2 ocorre resistência do organismos à ação da insulina, associado à deficiência relativa da produção mesma. Neste caso, o pâncreas chega a produzir insulina no início da doença, mas é necessário o tratamento com insulina num estágio mais avançado para controlar os índices glicêmicos. O tipo 2 é o mais comum, representando 90 a 95% dos casos.

Importante lembrar que o tratamento do diabetes não depende apenas da aplicação da insulina. Necessita de mudança de estilo de vida, com melhora de hábitos alimentares, prática de atividade física e monitoramento da glicemia capilar pelo próprio paciente. O acompanhamento por uma equipe multidisciplinar como nutrição, enfermagem, psicologia, educador físico e outras especialidades médicas, também é muito importante para o sucesso do tratamento.

Depoimento

Reginaldo Antonio da Costa Mina, de 45 anos, representante comercial gráfico, descobriu em 2002 que estava com diabetes através de um exame de rotina, em fase inicial e passou a controlar a doença através de comprimidos. Admirador de um bom churrasco, com costela e picanha, levava uma vida longe de ser saudável. Não praticava exercícios físicos, e se alimentava como a maioria dos brasileiros. “Não tomava café da manhã, almoçava aquele pratão, e a noite comia lasanha, e tomava vinho, além de ter sido fumante por 12 anos”, diz. Quando ele descobriu que estava com a doença, tentou mudar o estilo de vida, foi obrigado a fazer dieta, com frutas, lanches em intervalos de tempo, e fazendo várias refeições ao dia, de 5 a 6. Mas como sentiu muita dificuldade em modificar radicalmente os hábitos, o quadro da doença evolui, e Reginaldo teve que começar a aplicar insulina. “Tinha vergonha de ter que aplicar a insulina em lugares públicos, eu tinha a impressão que as pessoas que me viam no banheiro com seringa, agulha, álcool e algodão, aplicando a insulina, achavam que eu era drogado, além do desconforto de ter sempre que estar carregando estes objetos”, diz o paciente. Atualmente, ele está levando mais a sério o tratamento com a aplicação da nova insulina mix, a Novamix, em que vem em uma caneta de fácil aplicação. “Basta agitar e girar a tampa, e aplicar. Posso fazer isso, sem a necessidade de tirar a insulina da geladeira. O tratamento antigo não estava tendo um bom resultado, agora com esta tecnologia eu tenho mais qualidade de vida, e mais incentivo de seguir o tratamento corretamente”. Ele continua a aplicar insulina duas vezes por dia, mas com mais praticidade, e segue rigidamente uma dieta em que faz, com frutas, verduras, legumes, e de vez em quando se dá ao luxo de ir a uma churrascaria saborear um pedaço de carne. De acordo com Reginaldo o corpo se habitua a comer pouco em várias refeições, e diz que não consegue mais exagerar. “O organismo se acostuma com porções menores, não me sinto bem em comer a mais nas refeições, e a nova insulina motivou esta mudança”, diz Reginaldo. Ele ainda luta para chegar ao um estágio ideal, para controlar melhor a doença, e acredita que a mudança no tratamento, a missão fica mais fácil.


Autor: Imprensa
Fonte: Lide Multimídia

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