O frio é sinônimo de recolhimento, de ficar mais em casa, de preguiça. Basta chegar a estação mais fria do ano para que até o ato de levantar da cama exija muito mais esforço. O clima frio, seja seco ou úmido, tem total relação com a falta de disposição. No inverno precisamos de mais energia para realizar as atividades rotineiras pois a manutenção da temperatura ideal consome parte da reserva energética e, de quebra, desacelera o metabolismo.
Empresas ligadas à saúde percebem a queda do cuidado com a saúde nessa estação do ano. Durante os meses de inverno, o Lanac - Laboratório de Análises Clínicas - registra diminuição no número de exames realizados. "As pessoas deixam para fazer check-ups e exames de rotina nos meses mais quentes. Temos um número de exames até 18% menor nos meses de inverno", explica a sócia proprietária do Lanac, Elisete Pereira.
A Prolab - Centro Diagnóstico Cardiológico - registra queda de 10% no inverno. "No início do ano, principalmente no mês de março, as pessoas estão mais dispostas a cuidar da saúde, até por conta do início do ano, das promessas de Ano Novo. Com as chuvas do outono e inverno, o comodismo aumenta", completa Dra Ana Camarozano, diretora da Prolab.
Com o fim do verão e suas altas temperaturas, acaba também para muitas pessoas o consumo abundante de água. A indústria Água Mineral Timbu registra uma diminuição de 10 a 15% na venda de água nos meses de inverno. "No inverno é certo que a sede diminui, mas isso não significa que o hábito de beber água deva ser deixado de lado. Na estação mais fria do ano, o corpo trabalha ainda mais para se manter aquecido e por isso, consumir dois litros de água diariamente é imprescindível", afirma a diretora da indústria, Maria Alice Silveira Carneiro.