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Mayo Clinic obtém sucesso inicial em tratamento a laser que destrói tumores pelo calor
 
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08/11/2010

Mayo Clinic obtém sucesso inicial em tratamento a laser que destrói tumores pelo calor

Apesar da técnica ainda estar em desenvolvimento, os médicos afirmam que o tratamento é provavelmente benéfico contra a maioria dos tumores no organismo – tanto iniciais como metastáticos – desde que sejam poucos num mesmo órgão e menores do que 5 centímetros em tamanho

Médicos do campus de Jacksonville da Clínica Mayo estão entre os primeiros dos Estados Unidos a usar uma técnica conhecida como ablação a laser guiada por MRI (imagem de ressonância magnética), para aquecer e destruir tumores nos rins e no fígado. Até agora, cinco pacientes foram tratados com sucesso – o que significa que não restou qualquer tumor visível depois do procedimento. Com este resultado, os médicos de Jacksonville juntam-se aos seus colegas do campus de Rochester (Minnesota) da Clínica Mayo, os primeiros a usar a ablação a laser para tratar pacientes com tumores recorrentes na próstata.

Apesar da técnica ainda estar em desenvolvimento, os médicos afirmam que o tratamento é provavelmente benéfico contra a maioria dos tumores no organismo – tanto iniciais como metastáticos – desde que sejam poucos num mesmo órgão e menores do que 5 centímetros em tamanho (cerca de 2 polegadas em diâmetro). Os pacientes também não podem ser portadores de marcapasso ou certos implantes metálicos, porque o procedimento é realizado dentro de uma máquina de MRI.

“A ablação a laser nos oferece uma maneira de atingir com precisão os tumores para eliminá-los, sem causar dano ao resto do órgão. Acreditamos que há muitos usos em potencial para essa técnica, o que é muito estimulante”, diz o médico radiologista e intervencionista Eric Walser, o primeiro a usar essa técnica na Clínica Mayo de Jacksonville.

Nos Estados Unidos, a ablação a laser é usada principalmente para tratamentos tumores no cérebro, coluna e próstata, mas foi liberada pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) para tratar tumores dos tecidos moles. Apenas alguns centros adaptaram a técnica para eliminar tumores fora do cérebro.

Eric Walser usa a ablação a laser desde junho, tendo aprendido a técnica na Itália, onde seu uso é mais comum, e fez as necessárias adaptações para tratar pacientes da Clínica Mayo de Jacksonville, muitos dos quais estão na lista de espera para transplante de fígado. A clínica dispõe de um grande centro de transplante de fígado e alguns pacientes com cirrose têm tumores pequenos em seus fígados. “Fizemos o tratamento dos tumores para contê-los, porque não poderíamos usar quimioterapia nesses pacientes, que estão muito doentes e à espera de um novo fígado”, explica. Dr. Walser também adaptou a técnica para usá-la no tratamento de tumores nos rins.

O procedimento ambulatorial é realizado em uma máquina de MRI, que monitora com precisão a temperatura dentro dos tumores. Uma agulha especial, não metálica, é inserida diretamente no tumor e o laser é acionado. Os médicos podem observar a variação de temperatura à medida que se eleva e, com isso, verificar o local exato onde o aquecimento está ocorrendo no órgão. Quando o tumor e um parte do tecido à sua volta (que pode ter células cancerosas) são aquecidos ao ponto de destruição – o que pode ser claramente observado pelos monitores – o laser é desligado. Em tumores grandes, várias agulhas são inseridas simultaneamente.

Os pacientes são anestesiados porque, durante os dois minutos e meio do procedimento, não podem se mover, explica o radiologista. Os efeitos adversos pós-procedimento podem incluir dor local e sintomas parecidos aos da gripe durante o período em que o corpo reage à presença do tecido destruído e o absorve, explica o especialista. Esses efeitos colaterais normalmente desaparecem de três dias a uma semana.

A ablação a laser, segundo Eric Walser, é uma tecnologia muito mais precisa do que métodos similares que usam sondas, como ablação por radiofreqüência, que também eleva a temperatura de um tumor, e crioterapia, que congela os tumores.

Tumores da Próstata

O médico David Woodrum, Ph.D., da Clínica Mayo de Rochester, relatou o sucesso no uso dessa nova técnica durante encontro da Sociedade de Radiologia Intervencionista (março), quando apresentou os resultados dos primeiros casos conhecidos de tratamento de tumores da próstata com o uso de ablação a laser guiada por MRI. Segundo ele, a conclusão segura de quatro casos clínicos, usando essa técnica para tratar o câncer em pacientes que se submeteram anteriormente, sem sucesso, à cirurgia, “demonstra o potencial dessa tecnologia”. David Woodrum já tratou de sete pacientes até agora, incluindo um paciente com melanoma, cujo câncer se expandiu para o fígado.

“A ablação guiada por MRI pode se revelar um novo e promissor tratamento para câncer da próstata recorrente”, ele afirma. “Esta técnica adapta a imagem e a duração do tratamento ao tamanho da lesão e a sua localização, oferecendo uma alternativa menos invasiva e minimamente traumática para os homens”, explica.

A Mayo é líder nos EUA na adaptação do uso da ablação guiada por MRI para tratamento de tumores fora do cérebro, dizem os médicos que vêm colaborando para a expansão do uso dessa tecnologia com a Visualase Inc., de Houston, Texas. A empresa recebeu a aprovação da FDA em outubro de 2009 para o uso da ablação a laser. Os médicos Eric Walser e David Woodrum não fizeram qualquer acordo financeiro com a empresa e não há conflitos de interesse em seus estudos.

Para mais informações sobre ablação a laser guiada por MRI ou tratamento de câncer na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o Departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para intl.mcj@mayo.edu.

Sobre a Mayo Clinic

A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.700 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 50.100 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Phoenix/Scottsdale (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

Para mais notícias sobre a Clínica Mayo, visite o site www.mayoclinic.org/news/.


Autor: Imprensa
Fonte: SPMJ Comunicações

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