O verão está chegando e para muitos os óculos escuros torna-se apenas um acessório para complementar o visual. Porém, é necessário ficar atento à exposição dos olhos ao sol em todas as estações do ano. “O principal risco é a radiação ultravioleta (UV), raios invisíveis da energia solar que também são produzidos por fontes artificiais. Eles aumentam as chances de desenvolvimento de catarata, pterígio (membrana que cresce sobre a córnea e pode distorcer ou cobrir a visão), câncer de pele nas pálpebras e degenerações de retina”, enfatiza o oftalmologista e diretor da Clínica Canto, Marco Canto.

Os óculos de sol devem ser usados por adultos e crianças, com proteção de 99 a 100% dos raios UV-A e UV-B e bloquear 75% da luz percebida pelos olhos. Dessa maneira, ajudam a protegê-los do efeito cumulativo das radiações. Para saber se o produto tem qualidade, é necessário ter um selo que atesta a proteção UV. O médico ressalta que apenas a etiqueta ou a grife não garantem a devida proteção, por isso, a compra deve ser feita em lugares especializados. “O óculos sem a proteção correta deixa passar uma maior quantidade de raios UV, pois com o escurecimento proporcionado pela lente faz a pupila se dilatar ainda mais”, ressalta.

De acordo com o especialista, o preço do óculos pode determinar a qualidade e tecnologia utilizada para melhor proteção. “O produto falsificado ou comercializado por um custo baixo, normalmente não tem proteção ultravioleta e qualidade, consequentemente, prejudica a visão”, alerta.

A exposição a quantidades excessivas de raios solares em um curto período de tempo pode causar ceratite, uma “queimadura” da córnea, que causa dor, vermelhidão e lacrimejamento. “Quanto mais os olhos se expõe aos raios solares, maiores os danos. A recomendação é usar óculos escuros o ano inteiro e não só no verão”, ressalta o oftalmologista.