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Ao viajar, leve receitas de remédios
 
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26/01/2011

Ao viajar, leve receitas de remédios

Uso pode ser necessário durante as férias

Junto a outros milhares de viajantes, me vi encalhada num longínquo aeroporto, enquanto nevascas varriam o nordeste dos EUA, dois dias depois do Natal. Mas eu estava com sorte, ou assim parecia: eu estava em San Juan, em Porto Rico, olhando para quatro dias extras de praia. Esse tipo de sofrimento eu podia aguentar.

A única nuvem no horizonte era que meu remédio para dormir estava chegando ao fim, com apenas o bastante para a próxima "siesta". Felizmente, eu preencho minhas receitas numa farmácia da CVS, em Nova York, e havia uma CVS no quarteirão de baixo de meu hotel em San Juan. Eu só precisaria pedir que meu médico telefonasse ou enviasse minha receita por fax.

Se fosse apenas assim, tão simples. Acontece que médicos não podem prescrever medicamentos em outros países, nem mesmo (como neste caso) dos Estados Unidos a um de seus territórios autônomos.

"Isso na verdade depende das leis farmacêuticas e de distribuição do país em questão", me explicou posteriormente Jordan Paradise, advogado que leciona legislação de alimentos e medicamentos na Faculdade de Direito da Universidade Seton Hall. "Certos países não se sentem confortáveis em distribuir com base numa receita gerada no estrangeiro".

Tampouco é fácil, para um viajante, descobrir essa política em dado país. Carl Coleman, que ensina legislação farmacêutica e de saúde na Seton Hall, já teve problemas com suas receitas na Europa.

"Eu tentei descobrir qual era a legislação na França e não consegui", disse ele. "Mas minha experiência pessoal diz que algumas farmácias, especialmente em cidades maiores, preenchem uma receita enviada por fax dos EUA, enquanto outras não fazem isso".
Myriah Lesko, gerente de mídia e publicações da Federação Farmacêutica Internacional, diz que tais políticas variam muito, não só entre países, mas também entre farmacêuticos.
"Se você tem um filho que precisa de remédio para asma, ou algo assim, você teria dificuldade em encontrar um farmacêutico que não suprisse essa necessidade", disse ela.

Mas tente preencher uma receita para uma substância controlada, como o remédio para dormir Zolpidem, e você pode não ter tanta sorte.
Para evitar uma situação como essa, profissionais da saúde aconselham viajantes a levar um excedente do medicamento em sua embalagem original, junto a uma cópia da receita.

Mas o que constitui um excedente? Assim que você deixa o país, as leis ficam confusas, e funcionários da alfândega podem confiscar seus remédios _ ou detê-lo por alguma infração inocente.

No Japão, por exemplo, os viajantes não podem carregar qualquer quantidade de estimulantes, como pseudoefedrina ou Ritalina, nem mesmo para uso médico pessoal. E algo tão inofensivo quanto um remédio para azia é regulamentado com mais rigor na Europa do que nos Estados Unidos. Tudo isso já basta para causar uma dor de cabeça em qualquer viajante.

Ou algo pior. Margarethe Ehrenfeldner, diretora da seção de controle de psicotrópicos da Comissão Internacional de Controle de Narcóticos das Nações Unidas, diz ter ficado sabendo de situações de vida ou morte.

"Imagine que alguém está viajando de um país em desenvolvimento a outro mais desenvolvido para fazer um tratamento contra o câncer _ e essa pessoa é proibida de levar seus medicamentos de volta para casa", disse ela.

Existem opções além de enfrentar a abstinência. Em meu caso, perguntei à recepcionista do hotel se ela tinha alguma sugestão _ e 45 minutos depois havia um "médico sobre rodas" no saguão, preenchendo minha receita após algumas perguntas rápidas.

Você também pode tentar a embaixada ou o consulado mais próximo; muitos têm listas de médicos locais. Ou você pode procurar por um médico que fale inglês, no site da Associação Internacional de Assistência Médica a Viajantes, iamat.org. Trata-se de uma organização de apoio sem fins lucrativos; a adesão é gratuita e o grupo oferece listas de médicos do mundo todo.

Também é importante saber o nome genérico de seu medicamento, já que as marcas podem variar muito. Por esse motivo, e para garantir uma comunicação clara entre profissionais da saúde e cientistas, a Organização Mundial de Saúde tem trabalhado para criar uma nomenclatura internacional para remédios.

Outro benefício dos genéricos é que eles geralmente são muito mais baratos que o produto de marca. Pode valer a pena pesquisar os preços _ especialmente se você tiver alguns dias extras inesperados em suas mãos.

Autor: Adrienne Day
Fonte: UOL - Ciência e Saúde

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