Apesar da ampla divulgação dada à importância do uso do filtro solar, algumas pessoas esquecem, ou não reaplicam o produto adequadamente quando se expõem ao sol (a cada duas horas ou toda vez que entrar na água). As consequências são inevitáveis: ardência e vermelhidão na pele, e até a formação de bolhas.

O que fazer nesses casos? "As queimaduras superficiais sem bolhas devem ser tratadas com compressas geladas, pomadas com corticoides fracos e analgésicos para dor. As queimaduras mais profundas com bolhas devem ter acompanhamento médico pelo risco de infecções e cicatrizes", ensina a Dra. Glenda Elisabeth Gobbato, médica dermatologista, presidente do Departamento de Dermatologia da Associação Médica de Caxias do Sul (Amecs).

Ainda segundo a Dra. Glenda, no momento da queimadura, nunca se deve romper as bolhas, pois protegem a pele que está abaixo dela, nem mesmo aplicar nada sem supervisão médica. Deve-se apenas utilizar compressas geladas, que aliviam a dor.

"Mas o mais importante, na verdade, é não deixar as queimaduras ocorrerem. O filtro solar mínimo deve ser o de fator 15, que deve ser usado todos os dias, e de fator 30 para o horário das 10h às 15h", recomenda.

Apesar de o filtro solar acima do fator 30 proteger pouco a mais, ainda é importante utilizá-lo, já que previne mais tempo a exposição. Recomenda-se o uso deste para pessoas com antecedentes de câncer de pele, peles muito claras, manchas escuras no rosto, vitiligo, casos de câncer de pele na família e que se expõem muito ao sol.

Crianças menores de um ano não devem ser expostas ao sol devido à sensibilidade da pele. Está comprovado que a exposição solar em demasia na infância pode produzir câncer de pele na fase adulta, mesmo que o indivíduo se previna posteriormente dos efeitos nocivos do sol. É o chamado efeito cumulativo.

"Para manter a pele saudável no verão deve-se hidratá-la, sempre após o banho de sol, e não usar cremes perfumados e perfumes durante a exposição ao sol, pois aumenta o risco de manchar a pele", finaliza a Dra. Glenda.