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O controverso uso de botox por adolescentes
 
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23/02/2011

O controverso uso de botox por adolescentes

Brasil é o segundo país em número de aplicações de toxina botulínica

Em 2010, uma atriz do seriado Glee  – famoso por abordar temas como a autoaceitação do adolescente – causou um grande reboliço ao declarar que havia feito aplicações de botox e um tratamento de endurecimento da pele chamado Thermage. A justificativa da atriz – “queria um olhar fresco diante das câmeras” –  provocou a reação de médicos, fãs e de outros participantes da série exibida pela Fox.

De um lado, médicos, especialistas em educação infantil e outros - incluindo a revista New York e Psychology Today – consideraram lamentável a mensagem enviada para os jovens fãs de Glee.

Do outro lado, os números mostram que a atriz não está sozinha: segundo a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, em 2009, a toxina botulínica, foi injetada em americanos com idades entre 13-19 quase 12.000 vezes. Há, nessa estatística, adolescentes que receberam doses múltiplas do medicamento. Os números representam um aumento de 2% em relação a 2008.

É desnecessário dizer que adolescentes não têm rugas, razão mais comum para a aplicação da toxina botulínica.  Nos Estados Unidos, ninguém sabe dizer se os adolescentes recebem injeções de toxina botulínica por razões médicas ou estéticas. Os limites para essa prática não são bem delimitados: o produto pode ajudar no tratamento de problemas físicos - como dores na articulação e na mandíbula - e a melhora na aparência do paciente poderia ser um efeito colateral.

De acordo com as indicações médicas, a toxina botulínica é aprovada pelo FDA - the Food and Drug Administration  - para ser usada terapeuticamente em crianças a partir dos 12 anos que apresentem contração anormal dos olhos/pálpebras ou em casos de estrabismo. Também pode ajudar pacientes, a partir dos 16 anos, que apresentem contração involuntária dos músculos do pescoço; e pessoas de 18 anos em diante, a combater a transpiração excessiva.

A polêmica, porém, é derivada do uso off-label da toxina botulínica por crianças e adultos jovens. Por lá, os médicos estão injetando a droga em adolescentes para uma variedade de imperfeições percebidas: desde um sorriso demasiado largo, que revela toda a gengiva, até uma mandíbula muito quadrada, que precisa ser reduzida...

“O uso off-label da toxina botulínica, como a que está sendo feita nos Estados Unidos, pode provocar a paralisia dos nervos faciais,  o  enfraquecimento da capacidade de mastigação,  a formação de um sorriso assimétrico  e ainda o comprometimento da fala”, alerta o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.

O engano por parte dos adolescentes

Alguns adolescentes, equivocadamente, pensam que podem evitar rugas com a aplicação da toxina botulínica. No Reino Unido, a classe médica divulgou um manifesto, o Teen toxing, lembrando os adolescentes que a toxina botulínica não impede o envelhecimento natural.

Apesar do registro da aplicação em adolescentes, principalmente fora do Brasil, não é recomendada a aplicação do medicamento antes dos 25 anos. "Não existe contraindicação, mas não há necessidade. Em alguns casos, é possível aplicar a toxina botulínica como forma de prevenir marcas futuras, analisando fatores genéticos, como pés de galinha muito evidentes e precoces em pais ou outros membros da família”, diz Ruben Penteado.

O médico conta que, em muitos casos, é muito difícil para os pais imporem limites aos filhos, mas eles são necessários. E cada família lida com esses conflitos de maneira distinta. Quanto ao papel do médico nesse processo, o cirurgião defende que “a insatisfação que o adolescente relata com o próprio corpo deve ser encarada com critérios médicos, para que haja uma indicação precisa da intervenção estética. É necessário também avaliar a maturidade física e emocional do adolescente”, diz

Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW - Consultoria de Comunicação

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