A preocupação excessiva com o calendário de vacinação na infância e na terceira idade leva à realização de diversas campanhas e deixa muita gente em estado de alerta. Mas se o assunto é imunização de adolescentes, o cuidado costuma cair no esquecimento. Um erro grave, já que fatores de risco como acidentes, violência, uso de drogas, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce são maiores durante essa fase da vida.
Para a médica responsável técnica e gestora do Sabinvacinas, dra. Ana Rosa, reforçar a importância da vacinação na adolescência é imprescindível diante do ritmo do jovem atual. “A atividade sexual tem início cada vez mais cedo entre os adolescentes. Quanto mais cedo esse jovem se vacinar, maior é a eficácia da prevenção e melhores são os resultados”, ressalta.
Atento a essa necessidade, o Ministério da Saúde ampliou o foco do Programa Nacional de Imunizações, direcionado essencialmente às crianças menores de cinco anos de idade até alguns anos atrás. Ainda assim, a falta de informação e de indicação médica são alguns dos entraves à eficiência da vacinação de adolescentes.
Além da falta de informação da população em geral, o desinteresse por parte dos adolescentes agrava o cenário. “Assisti a uma palestra interessante que mostrava como devemos nos aproximar dos interesses e da linguagem desse grupo, buscando entendê-lo. Temos que informar e comunicar, pois pesquisas revelam que muitos desconhecem o valor das vacinas e não sabem nada sobre o assunto”, aponta a especialista.
Principais doses
A maioria dos adolescentes não toma os reforços de algumas vacinas, recomendados nos casos em que a imunização perde o efeito com o tempo, como ocorre com as doses contra tétano e difteria. Em outras situações, a vacina pode não ter sido aplicada em determinado jovem durante a infância pela inexistência da dose na época. A vacina contra a hepatite B é um desses exemplos e deve ser tomada principalmente por prevenir uma doença sexualmente transmissível e evitar o câncer de fígado.
A tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, também merece atenção. “Os adolescentes vacinados podem diminuir a infecção na família, entre amigos e na escola. Um adolescente com rubéola pode infectar uma gestante, que pode infectar a criança nos primeiros três meses da gravidez. Como consequência a criança pode nascer com a Síndrome da Rubéola Congênita (malformações)”, alerta dra. Ana Rosa.
A vacina tríplice bacteriana para os adolescentes previne contra a coqueluche e as incômodas tosses que a doença traz, devendo ser reforçada nos jovens. Aqueles que já tomaram as doses DPT ou DT, ou ainda a dT ou TT precisam ser orientados por um profissional de saúde quanto ao esquema de vacinação mais apropriado para evitar a Difteria (D), a Coqueluche (P) e o Tétano (T).
Outra doença que pode ser evitada pela vacinação é o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), doença sexualmente transmissível recorrente entre os jovens. Se tomadas corretamente e em tempo hábil, as doses contra o HPV ajudam a prevenir desde verrugas genitais ao câncer do colo do útero ou no pênis. Tanto meninas quanto meninos podem tomar a vacina, autorizada para o sexo masculino pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A fim de estimular a vacinação na adolescência, o Sabinvacinas divulga o calendário do adolescente nas unidades do Laboratório Sabin e em seu site. A participação em feiras e festas juvenis e a exposição do tema na imprensa também contribuem para a campanha.
É fundamental que os adolescentes coloquem em dia seu Cartão de Vacinas e não esqueçam de levar o cartão no momento em que forem se vacinar, em uma das unidades do Sabinvacinas, na Asa Norte, Sudoeste, Guará ou Águas Claras. Mais informações sobre o calendário de vacinação do adolescente no site www.sabinvacinas.com.br