Durante todo o estágio da gestação é fundamental que as futuras mamães tenham uma preocupação especial com sua alimentação. É o momento de não pensar nas calorias extras que irá adquirir e sim no bem-estar e nutrição do seu bebê. A pediatra e membro do departamento de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Elza Mello, afirma que a má alimentação da mãe pode sim interferir na saúde da criança.

 

- Se a mãe ganhar pouco peso durante a gestação, o bebê pode nascer com baixo peso e ainda ficar "programada" para receber pouco alimento. Se isso ocorrer aumenta a chance de no futuro a criança desenvolver obesidade e outras comorbidades - afirmou a médica. 

 

O bebê precisará adquirir uma boa reserva de minerais, que são o cálcio, que pode ser encontrados no leite, iogurtes e outros produtos lácteos e o ferro, que está presente no feijão, couve e lentilhas. E para que esses minerais estejam em quantidade adequada para o recém-nascido, é necessário que a gestante mantenha distância de alimentos que contenham gordura trans, como os biscoitos e salgadinhos.

 

O cuidado durante os nove meses não fica somente na alimentação. A médica alerta para os graves problemas que o cigarro causa: 

 

- O cigarro é danoso na gestação e depois do nascimento também. Durante a gravidez, podendo causar a morte súbita do bebê. E depois, causando problemas alérgicos para a criança. - alertou a pediatra. 

 

Atenção também para o consumo de bebidas alcoólicas: 

 

- Álcool, preferencialmente não, mas uma dose pode em situações especiais, preferencialmente não de destilados. - ressaltou. 

 

E se a futura mamãe quer evitar aquela preocupação tradicional para que o filho goste de verduras e legumes a médica dá a dica: "Ingerir alimentos variados, pois assim o liquido amniótico terá sabores diferentes e isso fará a criança aceitar melhor a alimentação complementar." 

 

 

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.