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Espaços criados para acolher as crianças dentro do ambiente hospitalar
 
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16/12/2009

Espaços criados para acolher as crianças dentro do ambiente hospitalar

Criar um ambiente apropriado para receber as crianças que estão em tratamento auxilia o processo terapêutico

São muitos os estudos que indicam que a hospitalização pode afetar o desenvolvimento da criança, interferindo na sua qualidade de vida. Para lidar com essa situação, o brincar tem funcionado como estratégia de enfrentamento da doença. “Criar um ambiente de saúde adaptado ao universo infantil é importante para que o tratamento seja percebido não como uma situação de trauma, mas como um processo transitório. O brincar pode ser um recurso adequado para a adaptação da criança hospitalizada, permitindo personalizar a intervenção”, diz a arquiteta Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.

O câncer, por exemplo, por ser uma doença crônica, expõe a criança e seus familiares a diversas situações estressantes, que se somam à possibilidade de internação. Uma criança com uma doença crônica, que necessita de visitas regulares ao hospital, pode encontrar dificuldades e obstáculos na sua vida social e familiar, como, por exemplo, a restrição do convívio social, ausências escolares freqüentes e aumento da angústia e tensão familiares. “Acrescentamos a esse quadro a necessidade de se adaptar aos novos horários, receber injeções e outros tipos de medicação, ter que permanecer em um quarto, ser privada de atividades de brincar - situações que não faziam parte de sua vida de criança, e que se agravam com a hospitalização”, explica Ana Carolina Tabach.

Os prejuízos trazidos por uma internação prolongada são bem conhecidos. Por isto, é tão importante promover a humanização das instituições de saúde, de qualquer porte, desde consultórios, com atendimento ambulatorial, até hospitais quaternários de especialidades médicas, como Cardiologia ou Oncologia, buscando prevenir comportamentos deprimidos e visando promover a saúde e a pronta recuperação. “A arquitetura pode contribuir muito para o bem-estar do paciente, através de projetos que ajudem a criança a enfrentar as dificuldades da internação e da doença. Os projetos devem promover a segurança desse paciente, passando tranqüilidade e isso se consegue através de detalhes específicos, como a exploração da iluminação natural nos ambientes e a utilização de cores, por exemplo”, defende a arquiteta.

Brincar no hospital

Dentre as estratégias utilizadas por crianças para enfrentar condições estressantes encontra-se o brincar, recurso utilizado tanto pela criança, como pelos profissionais do hospital, para lidarem com as adversidades da hospitalização.  A importância do brincar na situação hospitalar ganhou relevância social, principalmente, a partir do trabalho do médico Patch Adams, nos Estados Unidos da América, cuja história pessoal foi popularizada através do cinema.

A tendência atual para estes ambientes é que todos os brinquedos estejam nas paredes, criando um local de convivência e interação entre as crianças, visando despertar o interesse das diferentes faixas etárias, mas, ao mesmo tempo, facilitando a assepsia e evitando o contato direto do brinquedo com a boca, buscando prevenir novas doenças.  Nestes ambientes, cada brinquedo deve ser de uso exclusivo de uma das crianças internadas. Em algumas instituições de saúde, os brinquedos são usados apenas no leito do paciente. “Existe uma legislação específica - Lei Nº 11.104/ 2005 -  que dispõe sobre a obrigatoriedade de brinquedotecas em unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Estes espaços devem estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar”, conta a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.

A atividade lúdica é um instrumento terapêutico a serviço da intervenção médica.  “Procuramos aplicar estes conceitos nos projetos que desenvolvemos para clínicas e hospitais que atendem o público infantil. Na brinquedoteca do Hospital Arthur Ribeiro Saboya, aqui, em São Paulo, empregamos cores alegres, disponibilizamos o fácil acesso das crianças aos brinquedos e procuramos utilizar revestimentos de fácil assepsia, uma vez que a brinquedoteca está inserida dentro da ala pediátrica do Hospital. O espaço foi patrocinado por uma empresa de alimentos.” , explica a arquiteta Ana Paula Naffah Perez.

Sobre a brinquedoteca:

Local: Hospital Arthur Ribeiro Saboya, São Paulo (SP)

Area de intervenção:  450,00 m²

Descrição: projeto completo de arquitetura e interiores para a ala pediátrica do Hospital Arthur Ribeiro Saboya.

Capacidade: 30 crianças

Diferenciais do projeto: o grande diferencial deste projeto foi a introdução de conceitos de cores e revestimentos específicos em unidade de saúde municipal, levanto o conceito de hotelaria ao hospital.

Flickr: http://www.flickr.com/photos/cmaisa/sets/72157622950402030


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW Consultoria de Comunicação - Arquitetura

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