Já dizia minha avó - "É de pequeno que se torce o pepino". É engraçado, mas cabe como uma luva nesse assunto tão sério. Desde muito pequenos, preocupação com a coluna não é exagero. As mães e pais devem estar atentos a posição da criança na hora das refeições, no computador, ao carregarem mochilas, jogar video games e a pior delas... assistindo tv.
Infelizmente, não é chamando a atenção das crianças com "Olha a postura. Fique reto. Sente-se direito.", que vamos corrigir estes hábitos ruins.
Precisamos atingir o problema na sua estrutura. Por isso, a atividade física regular é tão importante e, ouso em dizer, "fundamental". Deixar o sedentarismo de lado é a principal atitude para crescer com uma coluna forte e bem estruturada.
Boa parte dos problemas de coluna na fase adulta é proveniente de uma má formação física na infância e adolescência. Nossa coluna é formada pela superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. Na parte de cima, ela é ligada ao osso occipital (crânio); na parte de baixo, ao osso do quadril. Partindo do crânio são 4 divisões: Cervical (7 vértebras), Toráxica (12 vértebras), Lombar (5 vértebras) e a Sacrococcígea (5 sacrais e cerca de 4 coccígeas).
A coluna, olhada de lado, tem várias curvaturas, consideradas normais - se ela fosse totalmente reta, nós não conseguiríamos parar em pé. De uma visão anterior ou posterior, a coluna não tem curvaturas - e, quando ocorre, é chamada de escoliose.
Na fase adulta, que todo mundo se lembra dela e começa: "Ai minha coluna!".
Uma boa medida a ser tomada é praticar e não faltar às aulas de alongamento e solicitar ao professor da academia um programa de exercícios que possam fortalecer a parte da coluna que está mais traumatizada, onde sente-se mais dor.
Um corpo bem exercitado é um corpo mais forte e mais ereto e, como conseqüência com muito menos dor.
*Rosangela Satoris é formada em Educação Física e proprietária da Academia Vila Olímpica, de São Paulo.