Segundo recente levantamento do Instituto Nacional para Educação de Surdos (INES), apenas 2% das mães de recém-nascidos sabem que é preciso avaliar a audição nas primeiras 48 horas de vida.
Conhecido como Triagem Auditiva Neonatal (TAN), passou a ser obrigatório, assim como o Teste do Pezinho, a partir de 2007, quando a Lei nº 12.522 entrou em vigor no Estado de São Paulo. Para a professora da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-Campinas, Mariene Terume Imeoka Hidaka, o exame é pouco divulgado no Brasil e atrasa o diagnóstico e consequentemente o tratamento precoce e adequado.
A idade média do diagnóstico de distúrbio de audição varia em torno de três a quatro anos de idade, podendo levar até dois anos para ser concluído. De acordo com o último IBGE, 5,7 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva. Cerca de 6% das crianças, com idade de até quatro anos, sofrem de perda auditiva ocorrida nos primeiros três anos de vida. Em cada mil crianças brasileiras, seis apresentam perda de audição no nascimento.
Segundo a tutora do Portal Educação e fonoaudióloga Carolina Cysne, o Teste da Orelhinha é um exame rápido, indolor e de grande valia para a detecção precoce da deficiência auditiva. "Geralmente é realizado no momento da alta hospitalar, mas pode ser feito após este momento".
Ela alerta também para as reações do bebê que indicam sintomas da falta de audição. Por exemplo, dificuldade em acordar com barulho, choros interruptos e não reconhecimento da voz da mãe.