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Treinamento funcional
 
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26/04/2011

Treinamento funcional

Não há evidências científicas para as afirmações usualmente proferidas pelos adeptos deste modelo de treino

Em qualquer aula ou palestra sobre treinamento de força que o nosso grupo oferece, a pergunta sobre a eficácia do "treinamento funcional" é recorrente.

A princípio, acho fundamental destacar que a terminologia "treinamento funcional" é absolutamene inadequada no meio acadêmico. Esta, caso alguém se interesse, pode ser alvo de discussões futuras. Para o momento, cabe apenas a ressalva sobre a inadequação da terminologia mercadológica que tem sido adotada para esta forma de treinamento.

Pois bem, muitos profissionais baseados apenas na intuição, passaram a defender a bandeira de que o treinamento do "core" seria uma forma alternativa e altamene eficaz de se melhorar função. A "dita" ativação de "músculos profundos" (seja lá o que isso for), o recrutamento muscular aumentado etc seriam argumentos para o uso de tal modalidade.

Não há evidências científicas para as afirmações usualmente proferidas pelos adeptos deste modelo de treino.

Como forma de ilustrar o que acabei de dizer, cito o recente estudo de um grupo de pesquisadores da Indiana Stata University.

Neste, os autores avaliaram se há alguma relação entre os escores obtidos em testes de estabilidade do "core" e o escore em testes funcionais.

Uma correlação positivia indicaria que quanto maior a estabilidade do "core", melhor a função, o que de certa forma justificaria esta forma de treinamento.

Os resultados revelaram que não houve nenhuma correlação significante entre estas variáveis. Estes resultados e outros corroboram a sugestão de que não há evidências sobre a influência da estabilidade do "core" na funcionalidade e no desempenho.

Embora trate-se de uma forma de treinamento válida, pois há estudos que reveam algum efeito (similar ou ligeiramente inferior ao treinamento tradicional, dependendo da população, variável avaliada, tempo de treinamento entre outros), ela não deve ser priorizada em detrimento do treinamento tradicional. Um bom exemplo é o trabalho de Kibele et al., que demonstrou que o treinamento com instabilidade não oferece vantagens em relação ao treinamento tradicional, corroborando o exposto.


Autor: Hamilton Roschel
Fonte: Blog Treinamento Físico

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