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Arte para vencer o câncer
 
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03/07/2011

Arte para vencer o câncer

Grupos regulares de dança, teatro, canto e artesanato mostram-se efetivos no objetivo de tornar a experiência de passar pela doença menos traumática

As atividades artísticas no tratamento do câncer têm mostrado eficácia entre os pacientes. Os retornos positivos e a motivação por parte dos “vencedores” na luta contra esta doença fizeram com que a CliniOnco - Clínica de Oncologia de Porto Alegre - desenvolvesse uma série de atividades culturais e complementares ao tratamento convencional para a cura das diferentes neoplasias. A clínica mantém grupos regulares de dança, teatro, canto e artesanato, que tem se mostrado bastante efetivos em seu objetivo de tornar a experiência de passar pela doença menos traumática.

 

A fisioterapeuta Iara Rodrigues, que coordena os grupos artísticos da CliniOnco, trabalha há vários anos com pacientes oncológicos. Segundo a fisioterapeuta, um dos maiores avanços da ciência, em relação ao câncer, é a compreensão de que o bem-estar, a qualidade de vida e a satisfação são fundamentais para a cura, pois atuam diretamente no sistema imunológico do paciente e possibilitam a humanização do tratamento. “A idéia não é formar artistas profissionais e, sim, socializá-los de forma alegre e inovadora. Isso proporciona aos envolvidos uma melhora física, emocional e incremento da qualidade de vida”, salienta.

 

Um exemplo de superação do câncer e de paixão pela arte é o da freira e ex-professora de educação musical, Maria do Carmo Sebben Ramos. Ela venceu o carcinoma e a dança teve uma fundamental contribuição na sua recuperação.

 

Participante do grupo de dança desde 2007, a convite da fisioterapeuta Iara, Maria do Carmo lembra que, nos primeiros ensaios, viu nesta uma grande oportunidade de aprimorar seus alongamentos de forma lúdica. Segundo ela, sua experiência com a dança era pequena. “Trabalhava com música no Colégio Sevigné e sabia alguns passos de dança, que era da chironomia gregoriana, uma regência do canto gregoriano. Além da música, existem gestos corporais que ensinava aos alunos”, recorda.

 

Antes da sua cirurgia, Maria do Carmo sempre acreditou na sua cura, tendo apoio da sua família, da “família religiosa” (pessoas ligadas à Igreja onde reside) e dos colaboradores da CliniOnco. A freira reforça que a dança foi um grande estímulo para sua vida e a fisioterapeuta a desafiou a aprender e ajudou-a nas dificuldades. “Sair de um momento mais estático para um de movimento permitiu me integrar mais com a comunidade”, enfatiza.

 

Maria do Carmo reforça os aspectos importantes em participar deste grupo. “Primeiro, o ganho pessoal. Trabalhamos com alongamento, relaxamento musical, equilibro, entre outras atividades. O intelectual também é usado, pois decoramos as músicas e as coreografias. Segundo, a irradiação de alegria e a missão de esperança que transmitimos para os outros. Além disso, ganhei amigas, somos muito solidárias, alegres e gostamos festejar. O grupo se tornou em uma ação de amor”, celebra.

 

A feira já perdeu a conta de apresentações realizadas em vários locais da capital e do interior do Estado. Para este ano, se prepara para o próximo projeto que terá a música “Tocando em frente”, de Almir Sater. Além da abertura da dança, tocará teclados nesta atividade.

 

Para quem sofre da doença, Maria do Carmo deixa uma mensagem. “Tenha coragem de participar de algo a mais e não ficar preso às terapias. Se abra para a arte. É importante que as pessoas portadoras de câncer tenham a consciência que podem fazer alguma coisa bonita e que valha a pena”, finaliza.

 

PESQUISA

Entre fevereiro e março de 2011, a CliniOnco, por meio da fisioterapeuta Iara Rodrigues, entrevistou 22 mulheres pós-cirúrgicas de câncer de mama com idade entre 30 e 85 anos, que estavam ou estiveram em tratamento de quimioterapia, radioterapia e/ou fisioterapia no momento da pesquisa. Os dados foram coletados através de questionários de qualidade de vida, de estratégias de enfrentamento e de atividades complementares.

As onze pacientes que realizam atividades complementares (Grupo A) como dança, teatro, ginástica, entre outras, tiveram aspectos mais positivos e com maior percentual do que aquelas onze que não realizam atividades complementares (Grupo B). Abaixo seguem os dados desta pesquisa:

- Aspectos físicos: 86% do Grupo A obteve bastante melhora de seus aspectos físicos contra apenas 38% das pacientes do Grupo B que referiram alguma melhora no mesmo item.

- Aspectos emocionais: 86% do Grupo A tiveram melhora em seus aspectos emocionais contra 50% do Grupo B.

- Dor: 66% do Grupo A tiveram melhora de dores contra apenas 47 % do Grupo B.

- Saúde Mental: 83% referiram ter melhorado muito sua saúde mental contra apenas 72% do Grupo B.

- Aspectos Sociais: 83% Grupo A melhoraram muito suas relações, isto é, seus aspectos sociais (relações, lazer, trabalho, etc.) contra 75% do Grupo B.
 

 


Autor: Redação
Fonte: Imprensa

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