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Falhas de implantação de embriões: o que provoca o insucesso nos procedimentos de FIV?
 
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16/10/2011

Falhas de implantação de embriões: o que provoca o insucesso nos procedimentos de FIV?

Nova tecnologia permite que os profissionais observem os embriões, sem perturbar ou interferir nas condições de incubação

 

Uma tentativa, duas, três... E nada de gravidez. Esta é uma situação delicada para muitos casais que estão, há anos, em busca de um tratamento que resulte em gravidez. “Denominamos falhas de implantação os insucessos em procedimentos de fertilização in vitro – FIV ou ICSI –, quando após a transferência de embriões viáveis e sadios a gravidez não ocorre. Em muitos casos, não ocorre nem a nidação embrionária, ou seja, a fixação do embrião no útero”,explica o  ginecologista Joji Ueno, diretor da Clínica GERA. 

Segundo o médico, que é Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP, normalmente, o diagnóstico de falha de implantação embrionária é feito após 03 processos de fertilização in vitro. “Falhas de implantação do embrião podem acontecer em qualquer ciclo reprodutivo. Podem ocorrer num ciclo natural e num ciclo induzido, portanto  ‘a culpa’ ou ‘a responsabilidade pelo insucesso’ não é da FIV ou da ICSI, em si”, explica Ueno.

Razões para falhas de implantação

Uma das causas mais comuns para as falhas de implantação está relacionada à qualidade do embrião implantado. “O embrião pode ter sua qualidade afetada devido à idade materna avançada, que compromete a qualidade intrínseca dos embriões, embora morfologicamente eles pareçam bons. Espermatozóides com qualidade muito prejudicada também podem estar relacionados às falhas de implantação.Nestes casos, é preciso solicitar exames complementares ao casal, para nos certificarmos sobre a origem da falha de implantação. A análise docariótipo com Bandas G, o  teste de fragmentação do DNA do espermatozóide e a microdeleção do Cromossomo Y podem auxiliar neste processo” , explica Joji Ueno. 

Falhas de implantação também podem estar relacionadas a distúrbios uterinos. “Nestes casos, realizamos uma histeroscopia para fazer a biópsia do endométrio e verificar as condições intra-uterinas”, conta Joji Ueno. Em ciclos de fertilização in vitro, é preciso também realizar um acompanhamento hormonal - por meio de exames de sangue - para aferir a dosagem de progesterona e de estradiol, após a transferência dos embriões.

“Fatores imunológicos também podem estar envolvidos nas falhas de implantação dos embriões. O cross-match é um exame que auxilia o médico a detectar incompatibilidades genéticas entre a mãe e o pai que podem resultar na perda dos embriões”, explica o médico, que também dirige o Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

O complexo processo de implantação do embrião

“Apesar das técnicas de reprodução assistida de alta complexidade terem evoluído muito, nos últimos trinta anos, o processo de implantação embrionária apresenta ainda muitos pontos obscuros. Aumentar as taxas de implantação por embrião transferido tem sido o maior desafio no campo da  Medicina Reprodutiva. E para que isso ocorra é necessário que haja uma boa qualidade embrionária  - onde a melhor fase embrionária e a classificação embrionária são muito importantes - e um bom preparo endometrial, que abrange receptividade uterina, controle com ultrassom e suporte na fase lútea”, explica Joji Ueno.

Neste sentido, a tecnologia tem oferecido suporte aos profissionais de reprodução humana. O médico destaca o emprego da Hibridização Genômica Comparativa (CGH) e a utilização do PRIMO Vision. “ O CGH consiste em examinar todos os cromossomos do embrião, que são gerados pela fertilização in vitro, diagnosticando alterações genéticas.  No laboratório de reprodução assistida, o embrião no estágio de blastocisto é biopsiado com o laser e o material é examinado”, explica o diretor da Clínica GERA. 

Segundo Joji Ueno, no mundo todo, as pesquisas sobre as condições ideais de transferência, sobrevivência intraútero e implantação do embrião estão avançando. “Com este fim, a utilização do PRIMO Vision nos laboratórios de reprodução humana é de grande valia. O aparelho é uma câmera, que após ser acoplada à uma incubadora, no laboratório, fornece informações precisas sobre o desenvolvimento dos embriões. Novas imagens dos embriões são capturadas minuto a minuto, o que permite a detecção precisa de clivagens, fragmentações, multinucleação e muitos outros eventos importantes na cultura de embriões in vitro”, explica o médico. 

“O PRIMO Vision ainda não tem uma aplicação rotineira em todos os tratamentos de reprodução assistida, mas o seu emprego é especialmente indicado para mulheres com múltiplas falhas de implantação, pois estas se beneficiarão muito com uma melhor seleção do embrião a ser transferido. Após o monitoramento contínuo, realizado pelo embriologista, por meio das câmeras, o melhor embrião, do ponto de vista morfológico, poderá ser selecionado e implantando, aumentando as chances da gravidez”, diz Joji Ueno, Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP. 

CONTATO:

Site: Clínica GERA

E-mail: atendimento@clinicagera.com.br

Blog: Medicina Reprodutiva

Twitter: @jojiueno

Facebook: Joji Ueno

 


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW-Consultoria de Comunicação

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