As dores no peito assustam e podem ter origem no sistema cardiovascular (infarto), digestivo (refluxo, gastrite ou úlcera) ou respiratório (embolia pulmonar). Também podem ter fundo psicológico ou psiquiátrico.
Por isso, é importante não confundi-las e, na dúvida, sempre procurar um médico. Essa foi a principal recomendação do cardiologista Roberto Kalil e do cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, ambos do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Esse mal súbito pode ser muito grave em pessoas jovens, segundo Kalil. E a diferença entre a vida e a morte depende sempre do socorro imediato. É sempre bom ter em mente o número do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu): 192.
Segundo estudos americanos, de 5% a 15% dos pacientes atendidos com dor torácica nas salas de emergência apresentam infarto agudo do miocárdio. E entre 2% a 3% dos indivíduos que sofrem um infarto acabam sendo liberados da sala de emergência por não receberem o diagnóstico correto.
No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis, como problemas cardiovasculares, respondem por 72% dos óbitos. E o infarto agudo do miocárdio é a segunda maior causa de morte no país. Em 2008, foram 94.912 óbitos por doenças isquêmicas do coração (categoria em que se encaixa o infarto).
Sinais clássicos do infarto
- Palidez
- Suor
- Aperto, desconforto ou queimação no peito
- Formigamento nos ombros
- Vômito
- Cansaço e falta de ar
- Náusea
Outros sintomas de dor
- No estômago
- Nas costas
- Nos braços
- Na mandíbula (parte inferior) ou no maxilar (superior)
- No pescoço
- E até ausência de dor, no caso dos diabéticos
Se tomar um antiácido ou ficar ereto melhorar a dor, há grande possibilidade de não ser infarto.
Aprendi com o Bem Estar
O engenheiro Antônio Carlos Rezende, do Rio de Janeiro, escreveu para o programa e contou que as informações que viu na Globo contribuíram para o atendimento médico dele. No dia 28 de setembro, acordou com uma dor forte e pensou que eram gases.
A sogra, dona Maria, ouviu as queixas de Antônio e ficou desconfiada. A mulher o levou para o hospital, e a equipe médica suspeitou de algo mais sério. E era mesmo um princípio de infarto, que não teve consequências mais graves por causa da agilidade na busca por socorro e no atendimento.
Em casos de parada cardíaca, enquanto a ambulância está a caminho, o procedimento correto a fazer é a massagem cardíaca, com compressões fortes e ritmadas (100 por minuto, afundando o peito cerca de 5 cm).