
Na tentativa de parar de fumar, diversas pessoas optam por lutar contra o vício sem ajuda especializada. Adesivos, pastilhas e gomas de mascar de nicotina são as primeiras opções procuradas por candidatos a não-fumante. Mas esses recursos funcionam de fato? Quais são as restrições?
Entre os profissionais da área, há um consenso: depois de tomada a decisão de parar, procure um médico. A automedicação não é recomendada, uma vez que a quantidade de nicotina liberadas podem ser insuficientes ou exceder as necessidades fisiológicas dos dependentes. Gestantes e mulheres que estão amamentando estão entre os casos contraindicados.
"Parar de fumar é muito difícil, e o processo varia de pessoa para pessoa", revela Marina Kassab, psicóloga e consultora de projetos da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). Segundo ela, é necessário que o especialista identifique o grau de dependência de cada paciente, considerando fatores como frequência, quantidade diária e tempo de exposição ao cigarro para indicar os chamados repositores de nicotina. O tratamento pode incluir até a prescrição de antidepressivos. Cerca de 40% dos pacientes precisam tomar esse tipo de medicamento.
Efetivos no combate
Nessa batalha, a abstinência é o inimigo a ser batido. "Os chicletes, pastilhas e os adesivos devem ser utilizados sem temor, mas sempre sob supervisão médica", indica Jaqueline Scholz Issa, cardiologista e responsável pelo Ambulatório Antitabagismo do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. Eles são aplicados para minimizar a ausência da nicotina no corpo, liberando a substância na corrente sanguínea. "Esse recurso foi criado para aliviar o desconforto caudado pela ausência da substância. Mas é preciso aconselhamento profissional para obter resultado".
Parar de fumar requer tratamento, com começo, meio e fim. Sem orientação, os usuários usam doses insuficientes ou em abuso, este segundo caso pode levar ao uso indiscriminado. Há casos em que o fumante abandona o cigarro e torna-se dependente do recurso que deveria ajudá-lo. Segundo a especialista, o tempo de uso de adesivos, pastilhas e chicletes leva de 12 a 16 semanas (sob supervisão médica, esse período pode ser estendido).
Adesivo
Há duas categorias de adesivos, uma para uso contínuo e sem aplicação durante o sono. O primeiro grupo é comercializado em unidades que liberam 21 mg, 14 mg e 7 mg de nicotina por dia e fica fixada ao corpo por 24 horas, sendo retiradas apenas na substituição por uma nova.
O segundo conjunto de etiquetas, com opções que liberam 15 mg, 10 mg e 5 mg da substância por dia, é aplicada por 16 horas, desenvolvida para pacientes que preferem dormir sem o adesivo. Ao contrário do que sugerem algumas sátiras, uma unidade costuma dar conta do recado. Os exemplares de 21 mg e 15 mg correspondem à mesma quantidade de nicotina presente em um maço de cigarros.
Goma de marcar e pastilha
É indicado o consumo de uma unidade por hora. A recomendação, no entanto, é de uso associado ao adesivo. "As pastilhas e as gomas costumam ser um válvula de escape, pois a cada sensação de abstinência, o fumante já leva uma à boca. Algumas pessoas substituem o cigarro por esses produtos. O ideal é que se faça recorra a esses recursos em momentos de fissura e recaídas", conclui.
Quando você para de fumar por...
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Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS) |