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Perspectivas no tratamento do câncer de mama
 
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16/12/2009

Perspectivas no tratamento do câncer de mama

Pesquisadores da Mayo Clinic dizem que a sobrevida de pacientes de câncer de mama, livres da doença, melhora quando o Herceptin é usado junto com quimioterapia

A administração do medicamento Herceptin junto com a quimioterapia – e não depois – melhora o tratamento de mulheres com câncer de mama HER2+ e deve ser o novo padrão de tratamento, informa a pesquisadora da Clínica Mayo, que coordenou  o que já é considerado um estudo clínico importante para se determinar o melhor uso do Herceptin. Os pacientes tratados com Herceptin e quimioterapia ao mesmo tempo obtiveram uma redução relativa de 25% do risco de recorrência do câncer ou de morte, diz a médica Edith Perez, chefe do Comitê de Mama do North Central Cancer Treatment Group (NCCTG), e da equipe de pesquisa de câncer de mama da Clínica Mayo, do campus de Jacksonville, Flórida. Ela apresentou as descobertas do estudo no Simpósio do Câncer de Mama de 2009, em San Antônio, promovido pelas entidades Centro de Pesquisa & Terapia do Câncer e Associação Americana para a Pesquisa do Câncer.

As descobertas podem ter implicações globais para as mulheres submetidas a tratamento do câncer de mama HER2+, o que representa de 20% a 25% de todos os casos, diz a pesquisadora.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o Herceptin é aprovado para uso em tratamento seqüencial, ou de tratamento simultâneo com quimioterapia adjuvante (isto é, quimioterapia depois da cirurgia). Em vários países, o Herceptin é usado em tratamento sequencial, diz.

“As expectativas sobre os resultados desse estudo clínico foram muito grandes nos Estados Unidos e em muitos países, porque esse foi o único estudo clínico desenvolvido para definir a forma ideal para incorporar o Herceptin ao contexto da quimioterapia adjuvante”, afirma a médica. “O objetivo era reduzir os riscos de recorrência do câncer e nós mostramos que o uso simultâneo é a melhor maneira de conseguir isso”, declara.

“Isso pode significar que até 10 mil mulheres a cada ano, em todo o mundo, podem obter melhores resultados se o Herceptin for administrado junto com a quimioterapia”, diz a médica Edith Perez. “Em razão disso, acredito que esse estudo vai levar a uma reavaliação global sobre a forma que o Herceptin é usado”.

Todos os anos, aproximadamente 250 mil mulheres, em todo o mundo, reúnem as condições para fazer tratamento, com Herceptin, do câncer de mama HER2+ invasivo, explica a médica.

Essa é a primeira vez que se disponibiliza informações conclusivas dos resultados de tratamento sequencial versus tratamento simultâneo de pacientes. Participaram do estudo clínico mulheres que se submeteram à cirurgia para tratar câncer de mama HER2+ invasivo em estágio I-III.

Esse é o único estudo clínico randomizado de fase III a avaliar a quimioterapia isolada (Braço A do estudo) versus tratamento sequencial (Braço B) ou tratamento simultâneo (Braço C), com incorporação do Herceptin. Nesse estudo, a quimioterapia foi feita com doxorrubicina e ciclofosfamida seguido de paclitaxel – e foi administrada por cerca de seis meses. O Herceptin foi dado por 52 semanas.

Duas comparações diferentes foram feitas no estudo. A primeira observou os resultados do Braço A (1.087 mulheres) versus o do Braço B (1.097 mulheres), com a conclusão de que a sobrevivência, em um período de cinco anos, sem a doença (definida como sem recorrência do câncer), melhorou de 72% (Braço A) para 80% (Braço B). Os pesquisadores também tabularam 222 eventos (recorrência do câncer ou morte) no Braço A, comparados com 164 eventos no Braço B.

A segunda comparação observou 954 mulheres integrantes do Braço B com 949 mulheres integrantes do Braço C. Os pesquisadores descobriram que as pacientes do Braço C se saíram melhor, de uma maneira geral. A sobrevivência delas, por um período de cinco anos, sem a doença, melhorou em 84%, versus 80% no Braço B.

“O estudo demonstrou que a adição do Herceptin melhora claramente a sobrevivência, sem a doença, se administrado depois da quimioterapia, porém a melhora é  ainda maior se administrado simultaneamente com quimioterapia baseada em taxane”, diz a médica Edith Perez. “Assim, nossa recomendação para instituições de saúde e órgãos reguladores de todo o mundo é que a administração do Herceptin seja simultânea à da quimioterapia adjuvante”, declara.

O estudo foi conduzido como um esforço colaborativo, com participação de pesquisadores do National Cancer Institute (NCI), com financiamento do NCCTG, do Eastern Cooperative Oncology Group, do grupo Cancer and Leukemia Group B e do Southwest Oncology Group. Além do suporte do NCI, também recebeu fundos complementares da Genentech.

Para mais informações sobre tratamento de câncer de mama e outros tipos de câncer na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para intl.mcj@mayo.edu.

Sobre a Mayo Clinic

A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.700 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 50.100 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Scottsdale/Phoenix (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

Para mais notícias sobre a Clínica Mayo, visite o site www.mayoclinic.org/news/.


Autor: Alana Rany Vasconcelos
Fonte: SPMJ Comunicações Ltda
Autor da Foto: ImagePlus

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