
Criança birrenta, emburrada, mal-educada e sem limites. Este é o estereótipo que muitos têm de um filho único. Mas, atualmente a realidade é bem diferente. Criar um filho sem irmãos não é necessariamente ter um pequeno ditador em casa.
O índice de famílias brasileiras que optam por ter apenas um filho tem crescido consideravelmente e essa decisão é tomada por diversos motivos, que incluem condição financeira, gravidez tardia, vida profissional, etc. Independente dos fatores que levam a essa condição, o importante é ressaltar que não existe nenhuma perda real em ser filho único.
“Desde que os pais cultuem bons hábitos de educação e a criança tenha a oportunidade de no momento adequado ser inserida na sociedade, através do ingresso na escola, ser filho único não é um problema”, explica a Consultora Familiar Antoniele Fagundes.
A criança que cresce sem irmãos não será basicamente mimada ou solitária. Quando a família interage de forma saudável, sem excessos nos momentos em comum, incentiva a convivência da criança com primos, amigos e vizinhos, a solidão não será um problema.
Muitas famílias alimentam a preocupação da criança não aprender a compartilhar, por ser sozinha. Antoniele esclarece que espaços ou aparelhos em casa que são divididos como banheiros, escritórios, televisores e computadores são um bom exercício para inserir esse conceito na vida da criança.
Outro ponto significante na criação de um filho único é aprender a controlar o impulso de fazer tudo pela criança. É importante que ela exercite suas capacidades e aprenda com seus erros e acertos. “A atitude de educar sem exageros com a prontidão constante levará os filhos a compreender que existem outros interesses e pessoas além deles. E mais, ensinar que nem por isso eles deixam de ser importantes”, observa a Consultora.
Em alguns casos, os pais criam muitas expectativas sobre a criança, seus talentos, seu futuro, etc. Situações desse tipo provavelmente podem levar à frustração. A criança tem que ter liberdade para desenvolver suas habilidades de acordo com suas preferências e não apenas para realizar os sonhos dos pais.
Embora muitos enumerem diferentes aspectos negativos em ter apenas um filho, também existem pontos positivos nessa história. O filho único possivelmente se tornará um adulto confiante porque se sente valorizado dentro do lar e o vínculo com os pais tende a ser mais próximo por conta do convívio.
Não se preocupe quando disser que tem um filho único e alguém falar: - deve ser mimado! O pré-conceito existe e leva as pessoas a terem avaliações precipitadas. O que faz a diferença é a sua consciência sobre a criação que dá ao seu filho e os exemplos que dará através da convivência. A educação reflete os valores da família e isso independe de criar um, dois ou dez filhos!
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