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Obesidade, excesso de gordura animal e sedentarismo aumentam o risco de câncer colorretal no Brasil
 
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27/05/2010

Obesidade, excesso de gordura animal e sedentarismo aumentam o risco de câncer colorretal no Brasil

Causa está relacionada ao elevado consumo de carnes gordurosas, baixa ingestão de verduras e legumes e à falta de exercícios físicos

Fatos relevantes:

- Estimativas globais da OMS indicam que 22% das doenças cardíacas e 10 a 16% dos casos de diabetes tipo 2 e de cânceres de mama, cólon e reto poderiam ser evitados por meio da realização de quantidade suficiente de atividade física.

- Dados da mesma entidade indicam que o consumo insuficiente de frutas e hortaliças inferior a 400g por dia (cinco porções por dia) é responsável por 2,7 milhões de mortes e 31% das doenças isquêmicas do coração, 11% das cerebrovasculares e 19% dos cânceres gastrointestinais.

- No Brasil, o estudo Vigitel 2009, publicado em 2010, faz o alerta para os baixos níveis de atividade física da população, baixa ingestão de frutas, legumes e verduras e elevado consumo de carnes gordurosas, leite com gordura e refrigerantes.

Estudo publicado pelo Ministério da Saúde em abril deste ano (com dados de 2009) sobre o perfil da alimentação e atividade física da população brasileira indica que o consumo médio de carnes com excesso de gordura chega a 33% da população, enquanto que o de frutas, verduras e legumes é de apenas 18,9%. Os dados revelam que a ingestão desses alimentos ainda é baixa, apesar de leve aumento comparado a 2007, e que o consumo de carnes gordurosas, leite com gorduras e refrigerantes é elevado. Outro índice é o de atividades físicas: apenas 14,7%, em média, praticam atividade física no tempo livre. Esses dados confirmam outro, da OMS, de que o número de obesos no Brasil já atinge 38 milhões de adultos com mais de 20 anos.

De acordo com o Dr. José Luiz Capalbo, coordenador do Centro de Gastro do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, se a população brasileira não mudar essa tendência, provavelmente o número de doenças crônicas deve aumentar nos próximos anos, tais como problemas cardíacos, diabetes tipo 2 e cânceres de mama, cólon e reto. Aliás, sobre esse último, a Epidemiologia do hospital já tem números alarmantes para mostrar: de 2008 para 2009 houve um crescimento de 40% nos casos de câncer colorretal diagnosticados (aumento de 53 casos, em 2008, para 74, em 2009).

Para o médico, além do aumento no diagnóstico desse tipo de câncer, o que é um fator positivo, pois indica que as pessoas estão se cuidando mais, outros fatores que justificam a elevação são idade superior a 50 anos, histórico familiar de câncer de cólon e reto e os hábitos ruins da população brasileira: dieta com alto teor de gordura animal, condimentos, defumados e embutidos e baixo teor de cálcio, obesidade e sedentarismo. Também são fatores de risco as doenças inflamatórias do cólon, além da polipose adenomatosa dos cólons.

"Alimentação equilibrada, ricas em frutas, vegetais, fibras, cálcio e pobre em gorduras animais é recomendada para a boa saúde do intestino. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas também deve ser evitada. Além da dieta saudável, é indicada a prática de atividades físicas", comenta o médico.

Sintomas e tratamento do câncer colorretal - Os sintomas em pessoas acima de 50 anos são anemia de origem indeterminada e que apresentam suspeita de perda crônica de sangue no hemograma. Outros índices são dor abdominal, constipação, diarréia, náuseas etc. O tratamento, uma vez confirmado o diagnóstico de câncer colo retal, é cirúrgico, com a retirada da parte do intestino afetada e os linfonodos próximos a essa região.

A possibilidade de recidiva do tumor é diminuída com a quimioterapia e, mais raramente, a radioterapia, associadas ou não. "A detecção precoce é fundamental para evitar as metástases para fígado, pulmão e outros órgãos anexos, quando as chances de cura diminuem", conclui o Dr. Capalbo.

Detecção precoce começa aos 50 anos com exame de sangue e colonoscopia - Apesar de ser um câncer bastante agressivo, a vantagem do tumor colorretal é que, quando detectado em seu estágio inicial, possui grandes chances de cura, diminuindo as taxas de mortalidade associada ao tumor cerca de 40%. Para o Dr. Capalbo, pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Caso haja histórico familiar para o câncer colorretal, a idade para começar os exames baixa para 40 anos. Se, além disso, a pessoa apresentar polipose familiar do cólon, o exame deve ser feito independentemente da idade.

Pessoas com exame positivo de sangue oculto nas fezes devem fazer a colonoscopia, que avalia toda a parede intestinal para a pesquisa de pólipos do tipo adenomatosos, que indicam maior possibilidade de tumor. "A grande vantagem da colonoscopia é que o exame, além de constatar a presença de pólipos, serve para sua retirada, em um único procedimento", comenta o médico. Caso sejam encontrados pólipos, é necessária a realização de biópsia endoscópica com estudo histopatológico para o diagnóstico completo da doença. Em alguns casos, quando a biópsia indicar que a margens não estão livres, é preciso fazer um novo procedimento para retirada do tecido doente remanescente.

Colonoscopia virtual é uma grande promessa - Existe um exame, que ainda não é padrão ouro, mas que pode se firmar como uma alternativa à colonoscopia tradicional: a colonoscopia virtual. Trata-se de um procedimento não invasivo realizado através de uma tomografia computadorizada especial, onde os pólipos podem ser detectados com riqueza de detalhes e precisão. Por ser um exame de imagem, não causa tanto desconforto no paciente, já que a maioria dos que passam pela colonoscopia não precisa necessariamente fazer a ressecção de pólipos. "Não é preciso um período de recuperação, nem anestesia. Os pacientes podem voltar a trabalhar logo após o fim do exame", afirma o Dr. Capalbo.

Sobre o Hospital 9 de Julho - Fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho tornou-se referência em medicina de alta complexidade e tem focado seus investimentos no atendimento de traumas e na criação de Centros de Especialidades (Oncologia, Dor e Neurocirurgia Funcional, Gastro, Coluna, Rim e Medicina do Exercício e do Esporte).

Com cerca de 1,5 mil colaboradores e 3,8 mil médicos cadastrados, o complexo hospitalar possui 285 leitos, sendo 60 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, especialistas em procedimentos de alta complexidade, além de um Centro Cirúrgico com capacidade para até 14 cirurgias simultâneas.

Website www.hospital9dejulho.com.br
Blog www.pordentrodo9dejulho.com.br


Autor: Hospial Nove de Julho
Fonte: RMA Comunicação

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