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Acidente Vascular Cerebral: uma corrida contra o tempo
 
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24/08/2010

Acidente Vascular Cerebral: uma corrida contra o tempo

Atendimento imediato do AVC reduz as sequelas e aumenta as chances de sucesso do tratamento

Poucas doenças são tão inimigas do tempo quanto o Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido popularmente como derrame cerebral. Cada minuto possui imenso valor no tratamento desta lesão que é, hoje, uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. É provável que este índice seja tão alto pelo mesmo motivo: o tempo e sua impiedosa passagem. Para uma vítima do AVC, o movimento dos ponteiros é, entre outros fatores, o medidor da intensidade com que as sequelas irão acometê-lo e, ainda, o principal divisor entre a vida e a morte de um paciente.

De acordo com alguns estudos brasileiros, a falta de informação e conscientização das pessoas sobre o AVC é massiva: 90% da população não sabe o que é, nem como agir diante de um possível evento. Segundo a Dra. Viviane Zétola, chefe do serviço de Neurologia do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, “para que haja uma melhora nestes números, é necessário orientar a população para reconhecer os sinais e sintomas da lesão, além de disponibilizar rotas a hospitais preparados para o atendimento destes casos”, afirma. De fato, é bastante importante que exista esta mobilização, haja vista o aumento da expectativa de vida, que traz de arrasto o crescimento no número de pessoas com incapacidade física, comprometimento cognitivo e demências cerebrais.

Para Viviane, “o Acidente Vascular Cerebral caracteriza-se por uma lesão irreversível, causada pela interrupção do fluxo de sangue decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais”. O AVC provoca a morte dos neurônios e células cerebrais, que são responsáveis pelas funções motoras, sensitivas, de equilíbrio, de fala, de visão, entre outras. Contudo, existem alguns casos em que o paciente pode sair totalmente ileso, sem sequelas. Segundo Viviane, a ausência de sequelas, ou a intensidade das mesmas, depende da complexidade e extensão do bloqueio e, claro, do tempo utilizado para recuperar o fluxo sanguíneo.

Quando se menciona a palavra tempo, no assunto “AVC”, entende-se: algumas horas. Dados recentes da Academia Americana de Neurologia revelam que a maioria das pessoas que sofre um Acidente Vascular Cerebral demora, em média, 12 horas para chegar ao hospital. Para uma lesão como esta, este tempo representa muitas perdas. Mas, sendo o tempo um fator irrefreável, o que se pode fazer para que o tratamento do AVC seja o mais eficiente possível? A resposta está na estrutura hospitalar em que o paciente será atendido. “Uma rota, previamente estabelecida pela instituição, que identifique pacientes com indícios da lesão e os encaminhe rapidamente aos cuidados de um neurologista, faz toda a diferença”, garante Viviane.

É importante que os hospitais possuam uma equipe de enfermeiros devidamente preparados para realizar a triagem de pacientes, priorizando aqueles cujos sintomas indicam maior urgência. No Hospital Santa Cruz, ao identificar uma pessoa com sintomas de AVC, os enfermeiros acionam imediatamente um neurologista, que realiza exames neurológicos e encaminha o paciente aos exames de imagem (tomografia ou ressonância) e de sangue (tempo de protrombina e plaquetas). Se os exames comprovarem a existência do AVC, o paciente é prontamente encaminhado à UTI neurológica, onde realiza a trombólise, com medicação intravenosa. “Essa rota leva, no máximo, uma hora, se o hospital tiver uma estrutura bem organizada. A qualidade do atendimento a um paciente com AVC, portanto, depende totalmente da rapidez e organização desse processo intra-hospitalar”, alerta Viviane. “Para obter a eficiência, é preciso que haja uma sincronia e uma participação ativa de diferentes profissionais, dentro do hospital”, completa. Como se trata de uma lesão inesperada, é importante que todos estes serviços - desde o centro de imagens, até o neurologista - estejam disponíveis 24 horas, para a segurança dos pacientes.

Apesar do caráter súbito da lesão, a boa notícia é que o Acidente Vascular Cerebral possui prevenção. “É muito importante que as pessoas saibam que a maioria dos fatores de risco, que predispõem o aparecimento da doença podem ser detectados, controlados e até evitados”, afirma Dra. Viviane. Estes fatores são: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, consumo de álcool e drogas, estresse, colesterol elevado, entre outros. “A ocorrência de um infarto no coração, ou outros eventos transitórios, serve de alerta. O indivíduo deve procurar um neurologista para que seja feita uma investigação o mais breve possível”, finaliza.


Autor: Imprensa
Fonte: Lide Multimídia

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