Estudo realizado pela Clínica Mayo indica que é crescente o número de mulheres que optam por mastectomia, desistindo da conservação dos seios, para eliminar o câncer de mama de maneira precoce, uma atitude bem diferente do que ocorria nos primeiros anos da década. “Aqui cabe a pergunta por que mais mulheres estão optando pela remoção dos seios, em vez de lutarem para conservá-los? “Não há uma resposta única para isso”, afirma a especialista da Mayo, campus de Jacksonville, Dra. Sarah MacLaughlin. “O volume de mastectomias está aumentando em todo os Estados Unidos e há muitas razões a serem consideradas, desde a preocupação com o histórico familiar de câncer à ansiedade da paciente diante do aumento dos casos”, afirma.

De acordo com o estudo, algumas das mudanças de comportamento podem ter sido provocadas pelo aumento do uso de ressonância magnética (MRI). “Se a MRI detecta câncer em mais de uma área, os médicos sugerem a remoção completa dos seios, em vez de apenas o nódulo”, explica Sarah McLaughlin.

Outra tendência nos Estados Unidos é a realização de exames genéticos para detectar mutações que podem elevar os riscos de desenvolver câncer de mama, ou de recorrência da doença. As mulheres, cujos exames apresentam resultado de exame positivo, estão preferindo, com maior frequência, se submeter a uma mastectomia, como medida preventiva. A cirurgiã diz que, no entanto, “a remoção das mamas não significa, de maneira alguma, uma garantia de eliminação do câncer já instalado e não exclui de todo o risco de câncer de mama. Porém, oferece certamente à paciente maior tranquilidade mental”, afirma. “Atualmente, as pacientes têm mais opções do que as que estavam à disposição há alguns anos, mas é necessário considerar caso a caso a situação de cada paciente e tomar decisões com base no que é melhor para cada pessoa”, explica a cirurgiã.

Depois da Mastectomia, Implante

O implante é o recurso mais comum para reconstrução das mamas da mulher depois de uma mastectomia, embora não seja uma opção para todas as mulheres, incluindo aquelas que se submeteram a tratamento por radiação. “Da forma que a terapia com radiação atua, a pele pode perder elasticidade, o que pode tornar mais difícil de ser realizado o implante”, diz o cirurgião plástico e reconstrutivo da Clínica Mayo, médico Sarvam TerKonda.

Existem outras opções reconstrutivas, nas quais são usadas a pele e o tecido da própria paciente para formar um novo busto. Um dos primeiros métodos desenvolvidos envolvia a remoção de gordura e pele, com uma pequena incisão de músculo do baixo abdômen, para criar as mamas, diz Sarvam TerKonda. Na cirurgia reconstrutiva mais avançada, procedimento com o chamado DIEP (Deep Inferior Epigastric Perforator – perfurador epigástrico inferior profundo), não se remove qualquer músculo, mas somente gordura e pele de parte do baixo abdômen, para criar um seio de forma mais natural. De acordo com o cirurgião plástico da Mayo, as pacientes sentem menos dor pós-operatória, têm uma recuperação mais rápida e mantêm a elasticidade abdominal.

Outros procedimentos cirúrgicos envolvem o uso de músculo e a pele da parte alta das costas e a inserção de um implante de mama. Os médicos dizem que essa técnica pode apresentar

excelentes resultados. Os implantes de próteses também foram aperfeiçoados. Tantos os salinas como as de silicone ainda são usados e cada uma delas tem as suas vantagens. Os médicos estão aguardando a aprovação de uma técnica nova de prótese de silicone, conhecida nos EUA como “gummy bear breast implant” (implante urso de geléia), devido a sua textura, que, acredita-se, garante melhor retenção da forma e tem uma consistência similar ao tecido de uma mama.

Para mais informações sobre tratamento de câncer de mama e outros tipos de câncer na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o Departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para intl.mcj@mayo.edu.