O diabetes é uma das doenças crônicas que mais atingem os brasileiros, chegando a 3,6% da população em geral. De acordo com o Ministério da Saúde, o diabetes está se tornando a epidemia do século e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões.

A doença é dividida em dois grupos: o diabetes tipo 1 e o de tipo 2.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 representa cerca de 10% dos diabéticos, afetando principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens.

Esse tipo de diabetes, que apresenta pouca influência do fator hereditário, começa de maneira abrupta, com perda de peso, aumento da ingestão de líquidos e aumento da urina. Além disso, o tipo 1 destrói as células produtoras de insulina do pâncreas. Sem insulina, a glicose não chega até as células, que precisam dela para se transformar em energia.

O tratamento desses pacientes se faz por meio do controle do nível de glicose no sangue e com a reposição da insulina no organismo, que é aplicada na corrente sanguínea de duas a três vezes por dia. Esses pacientes geralmente utilizam a insulina humana (NPH).

Como a maioria dos pacientes são jovens, o difícil para eles é fazer a readequação alimentar e evitar as extravagâncias, já que não devem consumir açúcar nem carboidratos em excesso.

O indicado é consumir alimentos integrais e ricos em fibras, como legumes, verduras e frutas, pois melhoram o padrão glicêmico. O consumo de álcool também deve ser evitado.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 atinge cerca de 90% dos portadores da doença, sobretudo adultos acima de 30 anos, com grande influência hereditária.

Esse tipo da doença é difícil de ser diagnosticado porque apresenta forte relação com outros problemas, como obesidade, hipertensão, alteração do colesterol e sedentarismo.

O diabetes tipo 2 é uma doença metabólica: o organismo tem uma resistência à ação da insulina no corpo. O pâncreas produz e secreta a insulina, só que o hormônio não atua de forma adequada.

O tratamento dos diabéticos tipo 2 é feito à base de medicamentos hipoglicemiantes, que diminuem a resistência do organismo à ação da insulina, além de estimular o pâncreas a produzir mais insulina.

No entanto, com a evolução da doença, esse paciente também terá que fazer o controle do nível de glicemia e a reposição da insulina, assim como o paciente do tipo 1.

Mas essa evolução e complicações da doença variam de paciente para paciente.