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Baixo nível socioeconômico aumenta risco de depressão em pacientes com artrite reumatóide
 
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07/02/2011

Baixo nível socioeconômico aumenta risco de depressão em pacientes com artrite reumatóide

Nos Estados Unidos, cerca de 2 milhões de americanos sofrem de artrite reumatóide, sendo 60 % mulheres

Um estudo recente publicado na edição de fevereiro do jornal Arthritis Care & Research confirmou que o baixo nível socioeconômico está associado a um risco maior de sintomas depressivos em pacientes com artrite reumatóide. “A artrite reumatóide é uma doença crônica auto-imune que pode causar limitações funcionais, podendo levar à incapacidade física em muitos pacientes. Estudos anteriores já haviam demonstrado que o aparecimento da depressão é comum neste grupo de pacientes, ocorrendo em escalas que variam de 13% a 42% dos pacientes com artrite reumatóide”, informa o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

A depressão no paciente artrítico está associada a piores resultados no tratamento, incluindo um maior risco de ataque cardíaco, suicídio e morte. O estudo realizado pela Universidade da Califórnia avaliou a forma como o nível socioeconômico influencia a relação entre deficiência - conseqüência da artrite reumatóide -  e depressão, a fim de identificar os pacientes com maior risco de depressão. Os pesquisadores analisaram dados de 466 pacientes atendidos em hospitais públicos e em centros médicos universitários do estado da Califórnia. A análise mostrou que 37% dos participantes apresentavam depressão de moderada a grave, além de níveis bastante elevados de comprometimento funcional e de atividade da doença.

O grau de severidade da depressão não foi impactado por dados como sexo, idade, duração da doença, uso de esteróides ou de terapia biológica. “Mas foi impactado pelo tipo de atendimento recebido, de acordo com o nível socioeconômico do paciente: os atendidos nos hospitais do município apresentaram escores de depressão significativamente maiores em comparação aos pacientes atendidos nos centros médicos universitários”, observa Sérgio Lanzotti.

Para o mesmo nível de deficiência física, pacientes com nível socioeconômico mais baixo podem ser mais propensos a sofrer de depressão. “A detecção e a documentação dos diferentes efeitos da deficiência e da depressão entre pacientes de diferentes níveis socioeconômicos podem ajudar a melhorar os resultados dos tratamentos para artrite. O reumatologista precisa tratar a deficiência provocada pela artrite e recomendar ao paciente um tratamento adequado para a depressão”, destaca o diretor do Iredo.

A depressão nos pacientes artríticos

“ Nos pacientes artríticos, a dor - que geralmente ocorre quando o paciente realiza algum tipo de movimento - vai gradualmente inibindo a sua movimentação, limitando seus movimentos, o que provoca uma queda na qualidade de vida e afeta negativamente o humor, abrindo, assim, as portas para a depressão. Nesse sentido, uma abordagem multidisciplinar, abrangendo a Reumatologia e a Psiquiatria/Psicologia nos permite fazer um acompanhamento médico muito mais eficaz desses pacientes", defende Sérgio Bontempi.

Pacientes com sentimentos negativos acabam por se isolar socialmente por terem sua mobilidade reduzida, o que limita mais ainda seus afazeres, afastando o indivíduo do convívio social. “Por isto, quando identificamos depressão e/ou ansiedade nos pacientes reumáticos, buscamos complementar o tratamento clínico com o emprego da neuroestimulação, realizada via Estimulação Magnética Transcraniana – EMT”, explica o reumatologista.

A neuroestimulação pode ser feita de duas formas. Com um aparelho que libera ondas magnéticas (estimulação magnética transcraniana) e é colocado próximo da cabeça. Ou com eletrodos implantados no cérebro (estimulação elétrica). “A estimulação magnética transcraniana tem sido útil no tratamento de pacientes com depressão, transtorno bipolar (alternância entre depressão e euforia) e alucinações auditivas (um dos sinais da esquizofrenia). Ao término do tratamento, os sintomas tornam-se mais brandos e chegam a desaparecer”, destaca Sérgio Lanzotti.

O método não requer cirurgia. Exames de imagem determinam o ponto do cérebro que precisa ser estimulado. Com base nessa referência, o médico aplica a técnica no próprio consultório.

Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW - Consultoria de Comunicação

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