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Por que tantos pacientes sofrem com fraturas múltiplas?
 
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17/05/2011

Por que tantos pacientes sofrem com fraturas múltiplas?

É fundamental investigar as causas da primeira fratura a fundo, para evitar que a segunda ocorra

Primeiro uma queda, mas não há nada a temer. Todo mundo cai um dia... Anos depois, um novo incidente e uma fratura. Nos anos seguintes, mais três fraturas... “O diagnóstico tardio da osteoporose pode custar muito caro, pois a doença pode ser descoberta numa fase já tão avançada que medidas como a ingestão de vitamina D e de suplementos de cálcio podem não surtir mais efeito algum”, alerta o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, com idades entre 50 anos ou mais, na Grã-Bretanha, tem osteoporose, uma doença relacionada à idade, que afeta a forma como as células ósseas se renovam. Como resultado, o osso se torna menos denso e mais propenso a quebras e fraturas. No Brasil já são cerca de 10 milhões de pessoas com osteoporose (aproximadamente 01 paciente para cada 17 pessoas).

As mulheres representam o maior grupo de risco da doença devido à redução de seus níveis de estrógeno, que caem com a idade. “O maior problema para o diagnóstico da osteoporose é que ela não apresenta nenhum sintoma até o aparecimento da primeira fratura. O perigo está na possibilidade de ocorrência de quedas e fraturas múltiplas até o diagnóstico”, observa Sérgio Lanzotti.

A Grã-Bretanha tem uma das maiores taxas de fratura de quadril da Europa. Em 2010, o país registrou 80.000 casos, as estimativas para 2020, podem chegar a 100.000 casos. Todos os anos, quase um terço dos pacientes britânicos morre em conseqüência de quedas e fraturas causadas pela osteoporose. 28.000 nunca voltarão a andar normalmente novamente e 12.000 têm que ir para lares de idosos devido às complicações adquiridas com a doença.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, as quedas e suas conseqüências para as pessoas idosas têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e é acometida por uma fratura são muito altos. E o pior, atingem toda a família, na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e frequentemente é submetida a tratamento cirúrgico.

A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Em 2006, foram R$ 49 milhões e R$ 20 milhões respectivamente. A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas. Entre elas, foram 20.778 mil internações em 2009 e entre eles 10.020 mil (dados até outubro).

“A queda em idosos pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, podendo acarretar em imobilidade, dependência dos familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico. Nos casos mais graves, pode levar até a morte. Considerando todo o país, somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur. E em 2009, esse número subiu para 1.478”, alerta o diretor do Iredo.

Por que a prevenção é fundamental

“O padrão-ouro para o diagnóstico precoce da osteoporose é a realização de uma densitometria óssea. Segundo as diretrizes oficiais, todas as mulheres com mais de 50 anos que caíram e sofreram fraturas devem se submeter ao exame para verificar a possibilidade da existência de osteoporose e avaliar o risco de fraturas no futuro”, explica o diretor do Iredo.

Embora não exista uma orientação oficial para os homens, os especialistas concordam que a osteoporose, também, deve ser verificada, após uma fratura, após os 50 anos de idade.

Sérgio Lanzotti destaca a importância de programas públicos que tornem a densitometria óssea um exame mais acessível. Segundo dados da Revista Brasileira da Reumatologia, muitos médicos desconhecem a importância do exame. “Conscientizar os médicos sobre a importância do exame é o início de um trabalho de desenvolvimento de estratégias educacionais efetivas para a prevenção e o tratamento de pacientes com osteoporose. Em seguida, deve-se facilitar o acesso do paciente ao exame de densitometria óssea, para que a prevenção da osteoporose seja efetiva no Brasil”, defende o médico.

Por que prevenir é fundamental

“As medidas preventivas, bem como os subsequentes tratamentos preventivos, reduziriam o risco de ocorrência de uma segunda fratura pela metade. É fundamental investigar as causas da primeira fratura a fundo, para evitar que a segunda ocorra. E após a primeira queda, é necessária a introdução de medidas preventivas imediatamente para um bom manejo da doença. É inaceitável que medidas preventivas contra derrames ou infartos sejam consideradas imprescindíveis, mas as que previnem osteoporose, não”, diz Sérgio Lanzotti.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a osteoporose está atrás apenas das doenças cardiovasculares como um problema de saúde mundial. Os estudos nos revelam que a possibilidade de morte por uma fratura de quadril em mulheres de 50 anos é similar a possibilidade de morte por câncer de mama.

À medida em que a população mundial envelhece, aumentam o impacto e os custos diretos e indiretos nos sistemas de saúde. Devemos desenvolver iniciativas para conter e reduzir este impacto. A International Osteoporosis Foundation (IOF) estima que os custos diretos e indiretos de empresas européias, canadenses e americanas para tratar a osteoporose é de 48 bilhões de dólares por ano.

Uma pesquisa apresentada durante o Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrose (ESCEO 2011) por estudiosos do Reino Unido e da Suécia estima que o “peso econômico das fraturas” em cinco grandes países europeus – França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido – totaliza 31.000 bilhões de euros. A Alemanha apresenta os custos mais altos: 9,37 bilhões de euros, seguida pela Itália: 6,7 bilhões.

A maior parte deste ônus econômico relaciona-se com os custos incorridos durante o primeiro ano de tratamento após a fratura, enquanto prevenção e gestão de tratamento farmacológico constituem apenas uma parte marginal do custo econômico total.

Ainda segundo os pesquisadores europeus, as fraturas de quadril contribuíram para 56% dos custos globais, as fraturas vertebrais 5%, 2% são resultado das fraturas de pulso e um grupo combinado de "outras" fraturas representam 37%.

CONTATO:

Nosso site: http://www.iredo.com.br

Nosso e-mail: contato@iredo.com.br

Nosso blog: http://vivendosemdor.wordpress.com

Nosso twitter: http://twitter.com/sergiolanzotti

Nosso canal de vídeos: http://www.youtube.com/user/canaldareumatologia


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW - Consultoria de Comunicação

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