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Lacunas no tratamento da osteoporose colocam idosos em risco desnecessário
 
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31/08/2011

Lacunas no tratamento da osteoporose colocam idosos em risco desnecessário

Essas lacunas no manejo da doença, defendem os pesquisadores, estão deixando milhões de pessoas com alto risco de fraturas em estado de fragilidade

Um relatório europeu revela que quando o assunto é osteoporose, os desafios são muitos e relevantes, tais como assistência ineficiente a idosos com riscos de fraturas, aplicação inadequada de diretrizes médicas sobre a doença e baixa adesão à terapia por parte dos pacientes. Estas lacunas no manejo da doença, defendem os pesquisadores, estão deixando milhões de pessoas com alto risco de fraturas em estado de fragilidade.

As descobertas foram reveladas pelo estudo "Osteoporosis: burden, health care provision and opportunities in the EU”, conduzido pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) em parceria com a Federação Européia das Associações da Indústria Farmacêutica (EFPIA).

Ainda segundo o estudo europeu, apenas uma minoria dos pacientes que apresenta alto risco para sofrer fraturas está recebendo tratamento preventivo, ao contrário das recomendações da maioria das diretrizes médicas européias sobre osteoporose, e apesar dos avanços na avaliação de risco de fraturas e da disponibilidade generalizada de medicação eficaz contra a doença.

De acordo com a pesquisa, aproximadamente 6% de todos os homens e 21% de todas as mulheres com idade entre 50-84 anos, nos cinco maiores países da Europa (França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, além da Suécia) tem osteoporose. “A osteoporose é uma doença crônica, mais comum em idosos, que coloca as pessoas em maior risco de sofrer uma fratura óssea. Mais preocupantes são as fraturas da coluna vertebral e do quadril que podem resultar em incapacidade a longo prazo, perda de independência e até morte precoce”, observa o especialista em densitometria óssea, Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

Nos seis países mencionados no relatório, cerca de 34.000 mortes por ano são causadas por fraturas, o equivalente a 80 mortes por dia. O custo com cuidados de saúde, incluindo a prevenção farmacológica, foi estimada em 30,7 bilhões de euros apenas para os seis países, o correspondente a 3,5% da despesa total em cuidados de saúde dessas nações.

O relatório apontou lacunas muito graves no tratamento da osteoporose na Europa, incluindo:

  • A não observância e não aplicação de diretrizes médicas nacionais sobre a doença;
  • A insuficiente detecção de casos graves, ou seja, pessoas com risco de fratura (incluindo fratura secundária) não estão sendo identificadas e encaminhadas para tratamento;
  • Falta de recursos para medir a densidade mineral óssea, ou seja, para realizar a densitometria óssea, em 40% dos países europeus;
  • Os avanços feitos no campo do cálculo do risco absoluto de fratura, como o WHO Fracture Risk Assessment Tool não estão sendo amplamente implementados;
  • Em alguns dos países pesquisados há critérios rigorosos para o reembolso dos testes de diagnóstico ou tratamento da doença;
  • A adesão ao tratamento da osteoporose ainda é baixa, cerca de 50% dos pacientes não seguem o tratamento prescrito e / ou interrompem o tratamento dentro de um ano.

"Os dados europeus revelam que existe uma grande diferença entre o número de pessoas que está sendo tratada, em comparação com a proporção da população que poderia ser considerada elegível para tratamento da osteoporose, se os riscos de fraturas fossem considerados. O que significa dizer que milhares de pacientes continuam a sofrer com fraturas, que poderiam ter sido evitadas", explica Sérgio Bontempi Lanzotti, que também é reumatologista.

Uma melhor aplicação das diretrizes clínicas para a doença aliada a uma estratégia para maior adesão do paciente ao tratamento poderia, segundo o relatório, evitar quase 700.000 fraturas potenciais entre 2010 e 2025.

"Quando estamos diante de uma condição crônica, como a osteoporose, dar continuidade ao tratamento pode se tornar um desafio. É fácil interromper o tratamento da osteoporose no meio do caminho, vejo isto todos os dias. Por não poderem sentir imediatamente ou ‘ver os seus ossos ficando mais fortes’, muitos abandonam o tratamento. No entanto, sem medicação regular, existe um risco aumentado de sofrer fraturas debilitantes. A partir de uma perspectiva sócio-econômica, uma maior adesão ao tratamento da osteoporose pode levar à prevenção de milhares de fraturas", destaca Sérgio Bontempi Lanzotti, especialista em densitometria óssea.

No Brasil...

Por aqui, os problemas para enfrentar a doença também se multiplicam em várias esferas. Segundo dados de uma auditoria realizada pelo TCM, Tribunal de Contas do Município de São Paulo, exames como ultrassonografia e densitometria óssea têm fila da espera de três meses, em média.

O mais grave, ainda de acordo com a auditoria, é que os aparelhos de ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia, mamografia e densitometria óssea ficam 40% do tempo ociosos. “Ou seja, o exame padrão para o diagnóstico da osteoporose não é realizado num prazo de tempo adequado. E o mais impressionante é saber que não faltam equipamentos, pelo contrário, os equipamentos existentes ficam ociosos por muito tempo”, observa Lanzotti.

CONTATO:

Nosso site: http://www.iredo.com.br

Nosso e-mail: contato@iredo.com.br

Nosso blog: http://vivendosemdor.wordpress.com

Nosso twitter: http://twitter.com/sergiolanzotti

Nosso canal de vídeos: http://www.youtube.com/user/canaldareumatologia

 


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW - Consultoria de Comunicação

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