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23/07/2009

Hipocondria

Estudos indicam que 4% a 7% das pessoas que buscam auxílio médico sofrem desta doença crônica e debilitante

Estudos indicam que 4% a 7% das pessoas que buscam auxílio médico, de um modo geral, sofrem de hipocondria, uma doença crônica e debilitante que já foi bem caracterizada no cinema por Woody Allen no filme "Hannah e suas irmãs", entre outros. O próprio ator já admitiu a preocupação exagerada em contrair doenças.

Os hipocondríacos interpretam sensações fisiológicas habituais ou pequenas variações normais do corpo como um sintoma de um mal que está por vir. O quadro pode se desenvolver ao longo da vida, mas no início da idade adulta é melhor identificável. Mulheres e homens são igualmente acometidos pelo distúrbio e não há como preveni-lo.

Segundo o psiquiatra Brian Fallon, professor de Psiquiatria Clínica da Universidade Columbia de Nova York (EUA), as causas da hipocondria são variadas porque ela é uma patologia cuja natureza é heterogênea. Entretanto, explica o especialista, "algumas vezes o distúrbio se desenvolve em decorrência de um estresse psicológico e, em outros casos, pode ser desencadeado por algum problema neuroquímico".

Tipos hipocondríacos

Estudos dirigidos pelo médico americano revelaram que a doença pode se manifestar de formas diferentes, gerando a classificação de três padrões de comportamento entre os hipocondríacos. Os primeiros, os obsessivo-compulsivos, são pessoas atormentadas por pensamentos e sensações que estimulam a buscar informações com familiares, amigos, internet ou médicos para saber se são portadores de alguma doença grave.

Os segundos, os hipocondríacos-fóbicos, evitam médicos ou qualquer informação sobre doenças com o fim de prevenir a ansiedade que desejam reprimir. Nesses casos, os indivíduos se tornam negligentes com a saúde.

Os terceiros são os hipocondríacos-depressivos, mais desesperados e geralmente convencidos de que são portadores de uma doença crônica que nenhum médico consegue curar. A peculiaridade desse tipo é que eles geralmente se sentem culpados por ações do passado e suspeitam merecer punição por suas transgressões.

Vale dizer que a depressão e os distúrbios de ansiedade, como um todo, podem deflagrar sintomas de hipocondria.

Diagnóstico difícil

Mas se para essas pessoas a hipocondria é um espécie de estilo de vida, como diagnosticá-la se os sintomas que descrevem são comuns às doenças reais? Fallon responde que "para um clínico geral é muito difícil saber se queixas simples como dor nas costas ou na cabeça, cansaço, náuseas ou batimento cardíaco acelerado são, na verdade, sinais de uma doença psicossomática como é considerada a hipocondria".

Assim, somente após alguns testes e a partir da detida análise do histórico clínico do paciente será possível verificar um eventual distúrbio. O médico deve estar atento à reação da pessoa no momento em que noticiar que os exames demonstram que ela é fisicamente sã. A característica marcante entre os hipocondríacos é que, geralmente, eles expressam raiva e inconformação diante da negativa de uma possível doença.

Outro fator a ser observado é a coexistência de outros distúrbios psiquiátricos, pois é comum que essas pessoas sofram de depressão, pânico, transtorno obsessivo compulsivo, ou ansiedade. As queixas, então, podem até ser verdadeiras, mas na maioria das vezes, elas não têm relação com alguma causa orgânica. Após a análise de todos esses elementos, o clínico poderá encaminhar o paciente para um psiquiatra, mas nem sempre a sugestão é bem recebida.

Terapia e cura

Fallon informa que até o momento não existem linhas rígidas para o tratamento da hipocondria, mas a terapia cognitivo-comportamental aplicada por psiquiatras ou psicólogos tem se mostrado muito útil, assim como o uso de antidepressivos e ansiolíticos. "No momento estamos fazendo um estudo comparando os dois tratamentos para ver qual deles é o melhor nesses casos", revela.

Indagado sobre uma possível cura para o distúrbio, o especialista esclarece que a doença "é uma condição de altos e baixos. Para alguns ela desaparece completamente, sem tratamento; em outros casos, o tratamento ajuda a superá-la para sempre". E adverte, "para algumas pessoas, as recaídas são uma possibilidade".
 


Autor: Cristina Almeida
Fonte: UOL - Ciência e Saúde

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