A recusa de um jovem dependente químico em aceitar a internação numa comunidade terapêutica evidenciou hoje, 21, o limite legal de ação do governo municipal no tratamento do problema. O jovem chegou a ser encaminhado a uma fazenda de reabilitação, na cidade de Viamão, por técnicos da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), mas recusou-se a permanecer no local.

"Não podemos obrigá-lo ao tratamento. Temos de cumprir o que determina a Constituição Federal", observou o secretário municipal de Saúde, Eliseu Santos, lamentando a recusa do jovem em aceitar o tratamento, apesar da Secretaria Municipal de Saúde ter conseguido o leito. Morador da Vila Urubatã, no Bairro Hípica, o jovem chegou a ser acorrentado em sua casa, pelo próprio pai, na tentativa de afastá-lo das drogas.

Como ajudar o dependente químico - Para dependentes químicos e psíquicos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece atendimento no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs), localizado na Avenida Moab Caldas, 400, Vila Cruzeiro do Sul. O serviço funciona 24 horas e atende pacientes de Porto Alegre para avaliação e observação (dependendo dos riscos que este pode causar).

A maioria das internações é de curta duração (de 48 a 72 horas no máximo), mas alguns ficam até 10 dias. Pacientes que necessitam de maior tempo para tratamento (internação) são encaminhados ao Centro de Dependência Química (Cedequim) do Hospital Parque Belém.

"A SMS está expandindo as perspectivas de atendimento na área de dependência química, na tentativa de viabilizar um melhor atendimento na rede básica de saúde e ambulatorial. Para isso, tem uma parceria com a comunidade terapêutica Pacto, de Viamão, onde atende dependentes químicos para tratamento especializado em crack", afirmou o secretário municipal da Saúde.